A Menina E A Libélula

Era uma vez uma menina.
Frágil menina, sonhadora menina. Criança sensível que via o mundo com olhos questionadores.
A menina escrevia. Contos, poemas, dúvidas, inquietações... escrevia sobre a vida e sobre sua forma de vê-la. Escrevia sobre os sentires, sobre o amor que ainda não conhecia, mas que já vislumbrava, sobre as dores do mundo, sob a ótica dos poetas. Havia um mundo dentro dela, o que muitas vezes a impedia de ver a vida como realmente era, pois seu mundo era um planeta à parte.
E era nele que a menina vivia. Em meio aos livros, aos estudos, às brincadeiras, esse mundo imaginário a protegia, de alguma forma, das dores que, cedo ainda, iria conhecer.
A menina cresceu, virou mulher, viu a vida passando e, mesmo nos dias de tormenta, seu mundo era seu casulo. Sentia-se protegida lá, em seu invólucro macio, quase como algodão.
Mas, assim como as libélulas, um dia, abriu as asas e soube que a liberdade é conquistada passo a passo, dia a dia.
E que só somos realmente livres no mundo das ideias. Que não importa quanto tempo lutaremos por nossos sonhos, por quanto tempo esperaremos até que o casulo se rompa. Não, não importa.
O que importa é nunca deixar de acreditar que somos capazes de continuar sonhando.
E que nossos sonhos não há quem os tire de nós. Por mais que baldes de água fria sejam jogados, por mais que armadilhas sejam lançadas sobre nossas asas. Importa sonhar. E, mais que isto: Importa acreditar no sonho.
Importa a nossa força interior.
Mesmo frágil, mesmo pequenina, a libélula, um dia, sairá do casulo e se tornará o que sonhou ser.

Não se esqueçam: Faltam dois dias para que minha libélula voe alto, em busca do infinito...
Lançamento do meu livro: Na Esquina do Tempo Nº 50 - dia 14 de abril - Espaço Multifoco, Rua Mem de Sá, 126- Lapa- Rio de Janeiro- Brasil.
Estão todos convidados a olhar para o céu....
Beijos,