Um Dia no Saara!!!!!

Amigas, amigos, inimigos e correligionários!
Estou literalmente D E R R E T E N D O.....
Estou de biquini, com o ar condicionado ligado, sentada em frente ao computador, com meus 3 peludões deitados no fresquinho, pagando os pecados que eles não tem, com o cobertor que lhes cobre o corpo...coitados! Sheepdogs não pertencem a esse inferno em forma de cidade!
Mas hoje está ótimo...Nem conto como foi meu dia ontem....
Minha filha, ficou me pedindo, implorando mesmo, pra eu ir com ela ao Rio...eu não ía porque tinha dentista, manicure, supermercado....mas fiquei com peninha e fui....
Pra que?????
A gente andava pela rua e sentia o suor escorrendo pelas costas...o indefectível bigodinho de suor, e agora, com a idade, uma sobrancelha de gotículas pingando embaixo dos olhos....Ninguém merece essa menopausa!!!!
Bem, até aí, ainda estava bom. Quando ela resolveu tudo e entramos no carro pra voltar para casa, já eram 5 horas e, isso, aqui no Rio significa: ENGARRAFAMENTO e PONTE RIO NITERÓI PARADA!
Bem, viemos até a primeira parte do Túnel Rebouças muito bem: ar ligado, trânsito razoável.... quando saímos do primeiro túnel, o carro começou a fazer um barulho estranho. Paramos perto dum posto policial, mas o policial, muito gentil e prestativo, nem nos olhou...a sorte é que tinha um taxista enguiçado e eu pedi pra ele ver que barulho era aquele...ele abriu o capô e tirou um troço meio derretido lá de dentro, que ele, e muito menos nós, sabíamos pra que servia.
Só que, para aumentar a desgrama, eu, ao apertar o botão do ar condicionado do carro (pra ouvir melhor o tal barulho), afundei o botão lá pra dentro do painel....e claro, a Lei de Murphy tinha que prevalecer: o ar desligou!
Resumo da ópera: viemos numa sauna ambulante, ora abrindo o vidro, ora fechando nos lugares mais perigosos...teve uma hora que eu pensei: ou morro assada nesse carro ou um ladrão me assalta... Preferi o ladrão: vim de janela aberta com o vento quente na cara, torcendo pra se algum ladrão me visse naquele estado, tivesse piedade de uma pobre mulher e de uma linda jovem, vermelhas como duas pimentas, com os cabelos grudados na nuca e um total ar de desolação. A distância, que geralmente percorremos em 40 minutos até em casa, dessa vez, durou 2 horas, alguns quilos a menos, uma quase desidratação e a doce lembrança desse dia inesquecível!