Uma Obra Prima!

Eu fico sempre com o pé atrás quando me mandam ler um livro ou ver um filme porque é maravilhoso ou imperdível, etc.

Apesar de viver fazendo isso com vocês....

Acontece, que eu sou desconfiada por natureza quando se fala de obviedades, pois sou sempre do contra...

Então, justamente, por fazer justo o contrário do que muitas vezes falo, dou essa dica pra vocês: A Partida é um dos melhores e mais belos filmes que já vi na vida!

Ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2009...mas não foi por isso que o peguei na locadora, mas por um trailer que vi no GNT e por ouvir a jornalista Monica Waldwogel falar muitíssimo bem do filme....

Pois bem, a gente fica tão acostumada com a estética ocidental, a maneira made in USA de fazer filmes (que aliás, eu gosto bastante), um modo de olhar as coisas sob a cultura judaico-cristã, que esquece que há outras formas de olhar a vida, o mundo e a morte...

Esse filme é de uma delicadeza, sutileza, beleza, todas as ezas que existem seriam poucas...

A estória é sobre um jovem músico, cuja orquestra se dissolve e ele retorna para sua cidade de nascimento para recomeçar a vida...e seu recomeço é justamente num emprego onde terá que conviver com a morte todos os dias...uma espécie de cuidador de pessoas mortas, pois no Japão, os mortos são maquiados, lavados, penteados na frente dos familiares, numa espécie de ritual, para depois serem cremados.

Bem, apesar do tema parecer de péssimo gosto, horrível ou pesado, o filme não é nada disso...é de uma beleza e sensibilidade incríveis...as músicas lindas, as paisagens, belíssimas e, os atores, estupendos...preparem a caixa de lencinhos de papel...as lágrimas escorriam pela minha face, sem que eu as detivesse...chorei, chorei mesmo, mas não de tristeza...o filme é triste pela temática, não pela estória em si, e também tem momentos de riso...Eu chorei por ver a beleza que a morte pode ter, quando olhamos pra ela com outra visão. Chorei de emoção...emoção pelo belo, pelos sentimentos que afloram na estória, pela delicadeza ao se contar uma estória sobre perdas, reencontros e, principalmente, por mostrar que a vida traça seus próprios objetivos, independentemente de nós...pois, cada vez mais acho, que todo mundo nasceu para ser feliz...A vida, sempre dará um jeito, embora nem sempre nós entendamos isso, pra que sejamos felizes.

Vejam...vejam...vejam...