quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mundo Estranho

O mundo anda estranho...Muito estranho...
Recebi um convite para uma palestra do editor Bob Stein, fundador do Institute for the Future of the Book. Ele prega que o livro, como o entendemos hoje, está fadado a acabar. Que o futuro do livro é se tornar uma grande biblioteca virtual, onde as pessoas se reunirão para fazer e contar suas próprias estórias, como se fossem videogames. E que o ato solitário e silencioso de ler um livro impresso está com os dias contados e mais ainda, que o livro físico, tal como o conhecemos hoje, será objeto para colecionadores, e portanto, caríssimo e raro.
Outra notícia triste: a escrita à mão, a letra cursiva, também está com os dias contados. No estado de Indiana, nos EUA, o governo desobriga as escolas a ensinar a escrita cursiva e recomendou que se dediquem ao ensino de digitação.
OK. Hoje em dia para se conseguir qualquer emprego se é obrigado a ter destreza na digitação de um computador e saber usá-lo é condição sine qua non para se obter um trabalho.
O mundo se encaminha para cada vez mais tecnologia e gadgets de todos os tipos. A cada dia surge mais um Tablet, um IPad, um leitor digital, uma nova forma de nos deixar conectados o tempo todo. O Big Brother de que falava Geoge Orwell nos olha o tempo todo e em todos os lugares. Somos alvo de investigações no Facebook, no Orkut, nos blogs, nos emails...Há sempre um grande olho nos vendo a cada passo que damos.
Só que há um porém. Com essa nova onda tecnológica que, a propósito, nem conseguimos acompanhar, estamos perdendo instintos básicos. Estamos perdendo conhecimentos adquiridos durante séculos.
A escrita, está provado pelos neurocientistas, provoca uma intensa atividade cerebral  na região dedicada ao armazenamento de informações. E isto tem ligação direta com a elaboração e criação de ideias e sua expressão.
Será que daqui a alguns anos seremos seres robóticos?
Será que o livro impresso está mesmo com os dias contados?
Acho que, assim como a indústria armamentista semeia e fomenta guerras, para vender as novas invenções para matar, a indústria da tecnologia está nos jogando num mundo onde as necessidades básicas estão dando lugar à sofisticação e ao desejo por tecnologias que não nos fazem falta, que são totalmente supérfluas. Já pensaram que há vinte anos atrás ninguém tinha telefone celular e todos viviam muito bem sem eles?
Eu, como gosto de uma teoria da conspiração, acho que por detrás disso tudo, há uma grande organização tentando vender aos povos do planeta, principalmente aos países emergentes, essa ideia de que "ter" o que há de mais novo em matéria de gadegts os faz terem mais "status". Quanto mais novo o "brinquedinho", mais aceito se será entre os iguais. E há uma competição extremada, filas se formam nas portas dos grandes magazines a cada vez que um novo "invento" é lançado no mercado, acompanhado de verbas publicitárias estupendas. Ninguém pode "deixar" de tê-lo. Meu amigo tem, o vizinho comprou. Também quero.
Mas, paremos um pouco para refletir: Enquanto em alguns países da África, as pessoas e crianças morrem por falta de comida, morrem de sede, nunca tocaram ou sequer viram um livro de papel, não estaremos pulando etapas? A humanidade está caminhando para onde? Para uma reinvenção de si mesma ou para seu fim? É sabido que as ondas eletromagnéticas destes aparelhos podem provocar câncer...Será que estamos caminhando para nosso extermínio? Onde será depositado todo esse lixo tóxico do que estamos consumindo em larga escala?
A quem interessa vender essas novas tecnologias? A quem interessa tornar o mundo cada vez mais vigiado?
Pensemos nisto antes de comprar o novo Tablet que foi lançado ontem. Até porque haverá um novo amanhã.
Façamos uma revolução ao contrário. Digamos não ao excesso de robotização e voltemos às nossas raízes humanas. Antes que seja tarde demais.

Imagem retirada daqui.

63 comentários:

JasonJr. disse...

Você citou o Orwen e eu cito Isaac Assimov (eu - robô) que fala sobre a inteligência artificial ultrapassando ou até tentando ludibriar a humana. Pra alguns será prosaico a "antiga forma" mas para outros tornará-se matéria-prima original e primordial, acredito que não exista como "apagar" antigos processos que deram inicio a tudo...
Abração Dnª Glorinha!

obs.: lembrando que o meu ponto de vista e claro que pode mudar.

JasonJr. disse...

Eu sou adepto a informática, mas não perco meu tempo digitando diretamente em um teclado nunca, afinal de contas você escreve dando um pouco de si e sempre deseja ter o original feito por suas mãos, acredito eu.
A Informatica é só uma "ferramenta".

Anônimo disse...

Esse assunto da robotica esta na ordem do dia. Noa se fala em outra coisa, nos quatro cantos do planeta, desde o fim do silicone, ate a força fisica superior, a capacidade de viver 1000 anos e por ai vai. O fim dos livros so depende de nós, penso eu. Comprei um livro do Umberto Eco e ainda nao li, que fala justamente sobre a permanencia dos livros apesar de todas as tecnologias. Deve ser bom, mas ta na fila ha anos.
No mais, voce viu aquele filme em que cada pessoa decorava um livro e era um livro, por que todos haviam sido queimados? O que voce escrveu me lembra isso. Filme incrivel, super antigo, mas com tematica atual, de certa forma.
Bjos

Zélia Guardiano disse...

Bravo, Glorinha!
Bravo!
Texto extraordinario!
É preciso, realmente, que façamos muita reflexão acerca do tema que, tão bem, você aborda.
Abraço, querida, cheio de admiração.

Professor Rogério Souza disse...

Glorinha, a situação é preocupante mesmo. Trabalhando com adolescentes cinco dias por semana, em dois e, às vezes, três períodos, sei bem o que é essa aversão à escrita, sei bem o que é essa ideia de que escrever é coisa do passado, coisa de gente velha, eu já ouvi. Uma pena. Pessoas assim nunca terão o prazer de enviar uma carta com suas letras desenhadas uma a uma, muito menos receberão um bilhete com suas letras regadas pelo esforço e sentimentos. O risco na palavra que não cabe àquela situação, o "eu te amo" que passou na primeira redação, mas que foi sutilmente colocado sobre o abraço que ali já estava escrito. Uma pena que hoje se "cutuque" em vez de flertar, uma pena que hoje se terminem relações sem o olho no olho, sem o abraço de despedida...
Se isso fará falta para alguns, eu não sei, mas que nunca mais as pessoas serão completas se deixarem isso de lado, tenho certeza.
Saudosismo? Que seja.

♕Miss Cíntia Arruda Leite ღ disse...

Glorinha!!

Eu concordo em tudo que disse!
Há muitos interesses atrás disso tudo! Eu não quero e não vou me robotizar, eu não quero e não vou parar de escrever à mão, de escrever cartas de amor à mão, eu não vou parar de ler meu livros à noite, deitada em minha cama, eu não vou parar de grifar frases que me emocionam nos livros...
Eu não vou pular etapas. As redes sociais nos fazem jogar fora, valores que aprendi na infância, nos afastam das pessoas, ninguém te liga para dar parabéns, deixa uma mensagem no seu facebook ou no seu e-mail, quem sabe um torpedo... eu quero falar olhando nos olhos, eu quero tocar, abraçar, beijar, encontrar, rever... Peço a Deus que as pessoas não deixem o materialismo e o feitiço da internet dominarem suas vidas!!
E vamos seguindo naquilo que acreditamos!!
beijos

Socorro Melo disse...

Oi, Glorinha!

Sabe que tenho pensado muito nisso? E normalmente sou tomada por um sentimento de tristeza. Parece-me que as pessoas perderam o respeito por si mesmas, e ao invés de escolherem o que mais lhes agradam, são tentadas a seguirem as massas, as determinações impostas, como marionetes. Considero importante a tecnologia, e necessária, mas, tudo tem limite. Há valores mais importantes a serem preservados, e nada, ou nenhuma tecnologia, supera a grandeza e as habilidades do ser humano.

Beijos
Socorro Melo

Tha Boss disse...

Agora você imagina que o interessante é, todas as formas manuais de se adquirir conhecimento ou se expressar estão acabando, e dizem que o apocalipse é inevitável, imagina um mundo sem computadores e cheio de pessoas que não sabem nem escrever, realmente o caos está se formando, beijão Glorinha :-)

Vicentina disse...

Sabe que ouvi esta notícia dos Estados Unidos e achei estranho.
E de se pensar né amiga, que será de nós?
Passo caligrafia pros meus netos, eu fazia na escola e agora passo pra eles tbm.
Bjs

Celina Dutra disse...

Glória,

É possível que livros impressos venham a morrer, mas não acredito que isso venha a correr tão rápido quanto apregoam... As cartas acabaram ao menos em segmento social, mas como é gostoso receber e enviar uma carta com letra cursiva, com envelope preenchido a mão, por iniciativa de um blog participo de um "exercício de escrever carta". Muito bom! Sonia Bridi conta em seu livro Laoway que os monges do Monastério Shaolin, próximo a Pequim, praticam a caligrafia como exercício de meditaçao. Segundo eles a perfeiçao dos traços nos caracteres leva à perfeiçao do caráter, à firmeza das açoes... Ainda há esperança!!!

Excelente post!

Girassóis nos seus dias!
Beijos

ManDrag disse...

Minha amiga escritora, ao ler este artigo lembrei um livro: "O Senhor das Moscas" de William Golding. e porquê?! estabeleço a relação já em seguida.

Primeiro não acredito em muitas das patranhas sensacionalistas de deslumbrados com os avanços tecnológicos. Como tu bem disseste, enquanto uns possuem ipods, ipads e ibugigangas de todo o feito, outros ainda vivem como no tempo das cavernas. O avanço consumista não é uniforme nem global. Também se vaticinou o fim do cinema com a chegada da televisão e dos vídeos e de sei lá que mais e no entanto as salas de cinemas continuam a abarrotar cada vez que se estreia mais uma mediocre e acéfala produção de Holywood.

Agora a relação com o "Senhor das Moscas". A humanidade ainda está na adolescência da sua evolução (para não dizer mesmo na sua infância, pois não quero parecer péssimista). Ainda nos falta muito caminho de escolhos. Para quem conhece o livro que refiro e para quem pode não conhecer o livro mas entende de puericultura, sabe que as crianças são instintivamente cruéis. Pois é isso que se passa no nosso mundo; a crueldade imatura de uma humanidade que ainda agora está começando a deixar de gatinhar.

É delicioso pegar num livro, manuseá-lo e sonhar com as descobertas que nele encontraremos. Assim como gosto de me deliciar desenhando caracteres numa folha de papel em branco.

Abraços

Glorinha L de Lion disse...

Oi Jason. Se será ou não um processo irreversível cabe a nós darmos um basta. Já notou como os Lps estão voltando? Acho que esse excesso de tecnologia vai dar um cansaço tão grande nas pessoas que elas voltarão ao analógico...claro que eu não verei isso acontecer, isso ainda demora...mas o futuro dirá, beijos, e continue com sua escrita à mão, pois com isso treina seu cérebro!bjs,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Camille, já falei num post sobre o que o Umberto Ecco pensa sobre o fim dos livros...já não sei mais o que pensar, pois só conseguimos pensar em termos de tempo próximo e acho que isso ainda demora a acontecer, mas cabe a nós sim, não deixar que acabem. Não conheço esse filme...sabe o nome? Me interessei em ver...beijos, obrigada,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Zélia, obrigada querida. Temos que refletir muito sobre isso...saber o que desejamos para as futuras gerações...beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Uau, Prof Bauru...tocou num ponto importantíssimo: o prazer da escrita...eu sempre adorei papel e caneta ou lápis, e ainda assim, ando escrevendo pouco à mão...é preciso esse esforço mesmo, no sentido de não deixarmos isso morrer...obrigada pelo lindo comentário, bjs,

Glorinha L de Lion disse...

Cíntia, seu comentário me comoveu e me fez repensar muitas coisas...é verdade absoluta o que diz...estamos perdendo o contato com as pessoas...tudo, tudo mesmo está sendo feito virtualmente...que verdade vc mostrou com o que escreveu! Que falta faz um abraço ao vivo, ouvir a voz das pessoas ao telefone...o beijo de um amigo, ao vivo...estamos substituindo tudo isso por um afeto virtual...Esse alerta vindo de uma pessoa tão jovem como vc é uma lição ainda mais contundente. Obrigada querida, por ter mostrado isso de uma maneira tão bonita! Me fez refletir até sobre minhas próprias escolhas...beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Também eu, Socorro, me sinto triste ao ler sobre esse assunto, mas a Cíntia, aí em cima, lançou um alerta importante. O que estamos fazendo para diminuir esse avanço das tecnologias em nossas vidas? Bom pra gente , inclusive eu, refletir...beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Máfia, é sim...temos que repensar tantas coisas...acho que os blogs servem um pouco pra isso tb...Vamos refletir, pensar o que desejamos pro futuro...robôs ou seres humanos? Ótimo comentário, obrigada, beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Vice, querida, letra bonita... antigamente todo mundo tinha que se esmerar na letra, né? E hj em dia se paga aos calígrafos pra escrever convites de casamento, pois está se perdendo essa coisa de se escrever com capricho à mão...Vc faz muito bem em ensinar aos netos.Beijos, meu docinho,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Celina, nada como os budistas pra nos fazerem pensar nas pequenas grandes coisas da vida, né? Acho que os livros ainda têm salvação, se a gente pensar que o lixo que toda essa tecnologia vai gerar será muito pior do que as árvores derrubadas para se fazer papel...qual é o mais danoso? Hj em dia há reflorestamento para esse fim, pode-se fazer reciclagem com papel usado, enfim, ainda há saída. Cabe a nós passarmos essa noção para as futuras gerações, né? beijo grande,

Glorinha L de Lion disse...

Tem toda razão, amigo Man Drag. Eu tb não sou adepta de tecnologias em excesso. Não tenho nada desses novos gadegts e nem incentivo meus filhos a terem.
Eu vi o filme baseado nesse livro...é crudelíssimo mesmo. Tem razão quando fala na crueldade infantil e realmente a humanidade ainda engatinha...em alguns lugares ainda vive nas cavernas...há tantas discrepâncias, um grande fosso a separar alguns povos de outros...Enquanto uns, mal sobrevivem, outros gastam milhões em porcarias desnecessárias. Acho que temos que repensar muitas coisas enquanto ainda se consegue pensar com nosso próprio cérebro. Excelente comentário, beijos,

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida
Em primeiro lugar, agradecendo, com carinho, os votos bons de um feliz níver:

"A felicidade

É como a gota de orvalho"...

Foi um dia abençoado e feliz!!!

A Espiritualidade que vc demonstrou ter ao citar os povos famintos, por exemplo, não haverá de morrer... O demais, é tudo supérfluo mesmo...
Bjs ainda festivos

Calu Barros disse...

Minha amiga,
participo desta discussão desde há uns bons 8 anos, quando se instituiram os pcs nas escolas e estabeleceu-se a informática pedagógica.Sou da turma da teoria da conspiração. Concordo contigo que as gigantes do setor querem mais é vender seus produtos alardeando-os como imprescindíveis.Balela!
Jamais o contanto com o livro impresso será substituído por um tablet frio e impessoal.Em tempo algum se desprezará a escrita ortográfica pois sua aprendizagem é parte decisiva de cognições importantes na evolução do conhecimento e na formação da personalidade.
Apoio o par e passo com as novas tecnologias , mas sempre com bom senso e lucidez ante os "deslumbramentos vaticínicos."
Adorei o tema!
Bjinhos,
Calu

manuela baptista disse...

querida Glorinha

primeiro: é um prazer lê-la

é um prazer pensar consigo!

neste caso particular, é também apaixonante

por aqui, são as férias escolares de Verão e numa esplanada onde tenho por hábito tomar café e sol para tostar o nariz, encontro muitas vezes um jovem, filho de amigos, que lá costuma estar a ler os livros, num objecto semelhante a um computador...não sei o nome :)

e já conversámos sobre isto, o fim do livro em papel, o fim da escrita

ele é um jovem curioso, inteligente e culto, capaz de reflectir sobre estas coisas e o facto é que nele, todas estas ferramentas coabitam, tornando-o uma pessoa melhor

pode ser assustador, mas simultaeamente eu acredito num maravilhoso mundo novo, assim soubermos perservar por um lado e modernizar por outro

utopia? talvez

obrigada pela sua paciência para me aturar e pela leitura atenta dos meus contos!

um grande abraço

manuela

www.comtextosdavida.com disse...

Olá!
Sempre que há uma nova tecnologia dizem que a outra vai desaparecer. Temos como exemplo o cinema, o rádio, a televisão etc. Todas acabaram convivendo em perfeita harmonia. O mundo tem espaço para todas elas. Não acredito que o livro vá desaparecer, tenho certeza que continuará enquanto houver leitores como nós.
bjs Lais

Glorinha L de Lion disse...

Oi Roselinha, nem precisava agradecer...agora, quanto à espiritualidade por citar os povos miseráveis do planeta...isso não é espiritualidade, isso é humanidade, compaixão e, mesmo os ateus como eu, os possuem...rsrs beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Não sei, Calu querida, ando meio balançada em minhas certezas...espero que vc tenha razão. Não só espero, mas desejo com todo o meu coração...Façamos nossa parte por enquanto...beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Manuela querida! Primeiro: amo teus contos e tuas aquarelas... és uma das minhas escritoras favoritas da blogosfera. Aliás, uma das mais completas, pois não só escreves como desenhas com maestria!
Segundo: que assim seja, como seu jovem amigo parece nos querer indicar o caminho.Que os antigos aprendizados possam se aliar aos novos e que assim, não se perca nenhum. beijos querida,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Laís, tomara que seja assim. Que somemos em vez de subtrair conhecimento, não é? beijos,

Luciana Nepomuceno disse...

Passando pra agradecer sua visita e me comover com temática tão relevante. Eu amo os livros, sua textura, peso, cheiro...Gostei muito da sua discussão.

Ea Jussara é o máximo né? <3

Glorinha L de Lion disse...

Oi Luciana, obrigada pela visita. A Jussara é ótima mesmo! beijos,

c r i s disse...

Oi Glorinha e o stress que isso causa? Sim, porque querer ter sempre o inédito é muito cansativo e haja dinheiro, não é? É tudo tão desenfreado, mas concordo com você, acho que as pessoas vão se cansando com tudo isso. Acho que as sociedades tendem a conviver tanto com a tecnologia quanto com a ausência dela...será? Adorei o texto, bom para pensar...bjinho e obrigada pela visita!!

Beth/Lilás disse...

Querida Glorinha!
Este assunto deixa a gente em polvorosa, principalmente nós, de gerações mais antigas. Alguns poucos jovens concordam conosco, a maioria já está digitalizada desde que nasceu, principalmente os de 15/18 anos, não pensam em escrever cartas à mão nunca, para eles dizer tudo em 140 caracteres é o máximo, assim como vivem com sobrecarga de informações, dificultando a correlação de conteúdos e tecnologia e diversidade coisas que são coisas naturais na vida atual. Usam todos os recursos do celular e precisam estar conectados, quando não estão parecem que lhes falta algo, como uma droga no corpo. Por isso são extremamente informais, agitados, ansiosos e impacientes e imediatistas. Acompanham a velocidade da internet. No entanto, são bem mais otimistas em relação ao futuro como sua amiga portuguesa Manuela o disse aí em cima.
Eu, sinceramente, acho que poderá sim neste século ainda, vermos crescer cada vez mais o uso desses tais IPads e muitas pessoas o aderirem, masssssssss como tudo na vida é cíclico,eu acho que até o final deste século o livro retornará para as mãos humanas.
Também acho que pode ser uma grande teoria da conspiração e interesses de poderosos para injetar no mercado tanta tecnologia que deixa os mais aficcionados nelas, em cócegas.
Enfim, para nós, amantes dos queridos livros, poderá ser muito triste, mas ainda bem que podemos comprá-los por enquanto, por isso é muito bom mesmo que tenhamos uma boa biblioteca para estes próximos anos obscuros.
Uma outra coisa que me deixa boquiaberta, é o uso frequente e compulsivo que as pessoas estão com estas redes sociais, o Facebook sendo mais exata, pois simplesmente
preferem ficar enviando pequenas frases ou ficar no bate papo por ali, não acrescentando em nada suas vidas, inclusive gente que escreve muito bem, mas prefere este 'mundinho' bobo do facebook.
uma beijoca carioca

Glorinha L de Lion disse...

É verdade Cris, pq ninguém quer ficar para trás...querem ter sempre o último modelo, e a cada dia vem mais um novo modelo...então, isso não tem fim...esse desejo absurdo pelo "must" ...Que eu não esteja mais neste mundo quando e se os livros de papel acabarem...beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Pois então, Betita, é aquilo que te falamos outro dia...o mundo é cíclico e feito de retornos ao passado, em certos casos para o bem ou para o mal...Quem sabe tudo volta, os livros serão novamente valorizados, a escrita à mão ressurja, assim como os LPs estão voltando?...acho que esse mundo tecnológico e pouco pessoal vai cansar tanto que haverá um retorno ao tempo dos abraços como deseja a Cíntia e todos nós...Já reparou como estamos cada vez mais distantes das pessoas que amamos? As trocamos pelo Facebook e pelos blogs...Quero crer que haverá um retrocesso para o Bem, beijos,

Leila Brasil disse...

os cinco sentidos clamam atenção Temos muito para aproveitar : real efetiva ou virtualmente. Quanto mais , melhor.
Ler é uma delícia, pegar um livro, sentir o seu cheiro de páginas novas ,a textura do papel...Carregar um pen drive com milhares de música, programar gravações na tv, tv no celular saber de tudo no primeiro minuto da notícia. Também queremos sabor, odor , queremos cheiro , ver de perto, conhecer pessoalmente , falar diretamente, ouvir a voz, escolher a caneta , escrita fina, sublinhar, anotar, ser rodapé, cabeçalho, bilhetinho para alguém mas se não der : torpedo, bip bip sinal de fumaça, telepatia agulha no prato ....vamos misturar

R. R. Barcellos disse...

Há 150 anos, disseram que a máquina de escrever acabaria com as canetas e lápis.
Há um século, disseram que o avião iria acabar com os navios e estradas.
Há meio século, disseram que a TV iria acabar com o cinema.
E hoje, em pleno "boom" do mercado editorial, andam dizendo que os "e-books" vão acabar com o livro impresso.
Gente, a escrita e a leitura são atos de prazer, e não de modismo. Olhe meu amigo blogueiro à sua volta, e conte os livros, jornais, revistas - até mesmo os panfletos de propaganda... aliás, você não tem à mão uma caneta ou um lápis, e uma folha de papel? Aí, pertinho do seu teclado?
Mas vale o alerta, Glorinha. Vamos ficar ariscos, rabiscadora! Abraços.

JasonJr. disse...

...acredito que talvez a escrita seja transformada em hereditáriedade (acredito que exista essa palavra, da pra entender :P) com o tempo ou como uma espécie de herança de família. Assim Seja. rs :D

Anônimo disse...

Oie Glorinha. Sou da área de tecnologia, mas tenho um certo pe atras com ela. Tecnologias são ótimas, aproximam pessoas...mas ainda continuo amando livros impressos (so leio eles impressos, detesto ler livros no pc), amooo receber cartinhas, bilhetes...meu itinerario esta mais ou menos assim: uso blogs pra me comunicar e troco mimos, cartinhas escritas a mão, como forma de fazer surpresas gostosas pra meus amigos...se um dia isso acabar, uma parte de mim se sentirá muito triste...

Glorinha L de Lion disse...

OI Leila, tomara que seja assim, como eu disse antes, uma soma de tudo isso, tomara! beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Com certeza, amigo Rodolfo, mas e daqui a cem anos, como será? Bem, aí, não estaremos mais por aqui...que se virem...rsrs beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Jason, é, pode ser...não dá pra gente adivinhar como será o futuro, né? Mas, espero que enquanto eu viva, se dê valor ao livro e à escrita, beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Fernanda, concordo com vc. As tecnologias são boas quando salvam vidas, a medicina robótica está avançadíssima, mas, quando deixamos de tocar o outro, de abraçar, de escrever cartas de amor, como bem disse a doce Cíntia, aí é que fica preocupante...beijos,

Luma Rosa disse...

Glorinha, não concordo inteiramente com as suas reflexões, porque a tecnologia me ajuda demais no dia a dia. Um trabalho que antes demoraria meses para finalizar, posso fazer em 3 dias. Os avanços que aconteceram em vários campos de pesquisa, só aconteceram por causa da informática. O Brasil (Petrobrás) só conseguiu crescer depois que passou a utilizar um mega armário de cálculos... enfim, poderia citar ene exemplos em que a informática ajuda a nossa vida. Eu mesma, vivo a mais de mil quilômetros de casa e falo na telinha com minha família todos os dias. Concordo com a sua indignação quanto aos livros e a escrita cursiva serem substituídas pelas máquinas - deve ter um meio termo e pais e educadores devem ficar atentos! Não sou neurocientista, mas não concordo com o resultado da pesquisa sobre a escrita. Antes dela existir, como as espécies conseguiram evoluir? O que mais estimula as atividades cerebrais? - Dormir bem, praticar exercícios físicos e comer. Simples assim! E o básico para a sobrevivência de um cérebro, a descarga elétrica, a comunicação entre os neurônios, já é possível com o neurofeedback, uma tecnologia capaz de substituir medicamentos, inclusive para a depressão, otimizando o equilíbrio e os potenciais cerebrais, tudo isso possível com o desenvolvimento das máquinas. Particularmente acho que ler estimula mais o cérebro do que escrever. O olho com sua função nervosa, consegue treinar os sentidos, sendo o lobo temporal significativo para a nossa memória. E o que é uma pessoa sem memória?
Ixi, viajei! Mas é isso, Glorinha. É preciso não radicalizar. Beijus,

Anônimo disse...

Se eu soubesse como colocar uma assinatura com sangue, eu colocaria, e seria escrita com bico de pena!!!
Abraços

Glorinha L de Lion disse...

OI Luma. Acho que as tecnologias vieram sim revolucionar o mundo, as ciências, a medicina...mas quem sou eu pra discutir com um neurocientista?????? Certamente sabem muito mais do que qq um de nós sobre o que estimula ou não nossos cérebros...Sabe o que eu tenho visto, Luma? Gente conversando comigo e ao mesmo tempo cutucando um aparelhinho pq não pode perder nada. Um olho em mim, outro na tela, sem prestar atenção nem a um nem a outro...jovens que conversam por mensagens de celular mesmo estando frente a frente com o amigo...isso mesmo! Ligados o tempo todo! Cara a cara e se falando pelo celular! Isso é vida de gente? Prefiro então voltar à era analógica, se é pro ser humano se perder de si mesmo e dos seus...Respeito seu ponto de vista, mas é preciso conhecimento mais aprofundado antes de contestar quem estudou um assunto do qual só sabemos superficialidades...beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Cores...tô pra te visitar menino, e é hj! Se não, acabo perdendo vc de vista! Ando tão sem tempo, me perdoe...assino em baixo o que disse, e, se possível, com sangue! Abraços,

Glorinha L de Lion disse...

Alê! Um bálsamo, uma luz na escuridão é o que vc é, meu amigo! Depois de ler a Luma, seu comentário é uma ótima resposta...nem preciso dizer mais nada. Ao abordar esse assunto esperei mesmo que fosse dar uma boa discussão sobre esse tema, vc, inclusive, já tinha me falado sobre isso: como os japas preferem ler livros de papel do que os digitais...Eu tenho uma sobrinha, inteligentíssima, meio "gênia" mesmo, que é como a Luma, totalmente adepta de todos os novos gadgets. Saiu um treco novo hj, amanhã ela já tem. E ela virou pra mim outro dia e disse: tia, os livros de papel vão acabar. Vc acha que a Luiza (filha dela de 3 anos) vai ler aonde? E me deu um sorrisinho sarcástico sobre o meu livro...meu humilde livro de papel...Eu respondi que acho que os livros serão eternos...mas ando pensando se ela não terá razão...será que daqui a uns anos isso não acontecerá? Já não sei mais nada...E, como vc disse, ninguém lê mesmo, a verdade é essa. Muito poucos são leitores contumazes, como eu, vc e mais uns tantos... Poucos o fazem...como saber quem vencerá no final? Beijos amore!

Kézia Lôbo disse...

TO bem alheia a essas novas loucuras da tecnologia, mas é um absurdo, principalmente ter que deixar de lado a letra cursiva... pior que ta se encaminhando mesmo pra essa loucura total, sei que é meio imporvavel, mas sera que eles ja pensaram que um dia pode não mais existir a energia pra tudo isso...
Realmente é um mundo bem estranho! Oo

Glorinha L de Lion disse...

Bota estranho nisso, Kézia! Loucura total! beijos,

Élys disse...

Creio que este avanço tecnológico nos traz saudade de muitas coisas que no passado pareciam mais românticas.
Este avanço, porém traz muitos benefícios, pois, geralmente reduz batante o tempo de algo que era muito demorado. Este avanço nos possibilita confraternizar mais, através da Internet, como neste instante eu faço.
O mundo sempre vai encontrar as melhores soluções, embora por culpa da humanidade, muitas são sofridas.
Um belo fim de semana.
Beijos.

Angélica Roz disse...

Oi Glorinha! Isso realmente é estranho! Vc já leu o livro Feios? Um livro juvenil... aborda essa questão de não ensinar mais as crianças a escreverem à mão... Mas acho que os livros vão entrar em extinção sim... Assim como foi com os LPs e, hoje, está acontecendo com os cds tb...
Estava com saudades de passar por aqui! Te vi lá no blog da Fernanda e vim correndo! :)
Bjss, bom fim de semana!

Regina Rozenbaum disse...

Mi-se-ri-cór-dia Glorinha!!! Posso pular de comentar?rsrs É que me dá uma coisa tão estranha... Realmente, quando leio e vejo para onde caminha esse mundo tão moderno tenho mais vontade ainda de gritar: pára o ele que quero descer! Tô demodê, amiga,messsmo. Prefiro ficar e crer no comentário do Rodolfo...e que não esteja viva para viver(mais)esse desgosto!!!
Beijuuss n.a.

Glorinha L de Lion disse...

Oi Elys, não contesto as tecnologias, só acho que estão tomando o lugar de coisas que nos são importantes. Vamos ver no que tudo isso dá, não é mesmo?
beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Oi Angélica, é mesmo! Saudades de vc tb, há quanto tempo! Não sei pra onde estamos indo, tomara que haja um somatório do tecnológico com os antigos conhecimentos...tomara! beijos,

Glorinha L de Lion disse...

Pois é Rê...dá uma gastura danada isso mesmo...imagina as pessoas frente a frente se falando por maquininhas...Como pode isso? Tá tudo muito estranho, por demais estranho....vamos ver no que dá...E eu, prefiro nem ver, como vc...beijocas,

Lúcia Soares disse...

Glorinha, li primeiro seu post mais novo e agora, lendo este, é exatamente sobre isso que a She falou hj, né? Achei um absurdo, não acredito, de maneira nenhuma, que isso se dará. Ou espero não estar aqui para ver! Que fim terá a humanidade? Que futuro insosso espera nossos netos?
Acho que depende de nós mesmos não deixar que tudo se perca.
A arte da escrita, o prazer de segurar um livro nas mãos, tocar a capa, as páginas...Nada poderá substituir isso!
Enquanto estiver viva, passarei para meus netos todas as maravilhas das habilidades manuais e a importância da vida, apesar da tecnologia!

Anônimo disse...

Oi Glorinha,
Aqui é o Julio, marido da Macá. Ela achou seu post interessante e me passou. Eu li e.... vamos lá:
Li o seu post e na hora me lembrei de uma frase que costumo usar sempre: “O mundo, muda, muda e não muda nada”. Há quanto tempo ouvimos histórias como essa? O rádio ia decretar o fim do cinema e do livro; a televisão ia decretar o fim do rádio, do livro e do cinema. O computador vai decretar o fim da televisão, do livro, do cinema e do rádio...e até hoje estão todos aí.
O que interessa é o conhecimento e a cultura. Todos são meios de divulgação de conhecimento e cultura e os meios só acrescentam nunca excluem.
Por outro lado, será que a escrita à mão é tããão necessária assim? Bons textos podem ser produzidos, à mão, à máquina, no computador, escritos com lápis, caneta, carvão e até na areia. Bons textos, são bons textos e se bastam. É óbvio que a falta da escrita à mão vai desligar algumas conexões de neurônios, mas vai ligar outras. O cérebro só vai usar outras habilidades e não essa. Hoje sabemos como dirigir um carro, mas não sabemos mais como tirar um jegue do lugar. Faz falta? É mais ou menos como fazer contas de cabeça. Tirando um tipo específico de raciocínio (raciocínio, não inteligência) pra que serve alguém saber extrair a raiz quadrada de 45.796, por exemplo?
Realmente estamos cercados de gadgets de todos os tipos e a cada dia é lançado um novo. A indústria e a propaganda fazem o que podem para que a vida pareça sem sentido se não tivermos a última novidade do momento e essa propaganda é invariavelmente dirigida aos jovens, mas........ sempre tem um mas. Será que isso é alguma novidade?
Tente se lembrar da sua adolescência. Ter uma calça Lee, era essencial. Ter o último LP dos Beatles era necessário. Não ter uma calça boca de sino no armário era o mesmo que não ter roupa nenhuma. Muitos não tiveram nada disso, mas o desejo de ter era o mesmo. As pessoas (e principalmente os jovens), precisam dessa sensação de tribo, de pertencer, de ser igual aos seus iguais. É da nossa natureza. O que a indústria faz hoje é usar esse nosso instinto que é ancestral. Provavelmente o segundo Neanderthal queria uma clava igualzinha à clava do primeiro Neanderthal.....
Por fim, nunca será tarde demais. A humanidade só anda pra frente, o futuro está sempre sendo feito. Às vezes nós nos sentimos meio desajustados nesse mundo que se apresenta. Outras vezes ele anda estranho, muito estranho. Mas com certeza a culpa não é dele...

Glorinha L de Lion disse...

Interessantíssimo seu ponto de vista, Julio e semana passada eu li uma coluna no jornal onde um escritor e publicitário disse a mesma coisa...ele acha que só somamos com as novas tecnologias...Acho que vc tem razão, vou repensar minhas ideias. Ainda bem que não sou convicta em nada, pois a convicção é o outro nome para preconceito...Estou sempre aberta a novas indagações e questionamentos. Obrigada por comentar, foi muito bom ter vc por aqui, beijão,

Glorinha L de Lion disse...

Júlio fui lá no seu blog! Manda a Ju e a Macá divulgarem, menino! Seu blog tem tudo pra ser um sucesso! bjs, boa sorte!

Lu Souza Brito disse...

Oi Glorinha,

Fui lendo os comentários e também gostei muito do ponto de vista do Julio.
mas eu realmente acho que o livro, em papel impresso assim como conhecemos, não vai acabar.
Não me sinto muito a vontade com as novas tecnologias (ao menos nao todas). Certas coisas eu simplismente excluo porque nao vejo necessidade.
Os celulares 3100 utilidades por exemplo??? Uso o básico. Preguiça? Não, só que esta multifuncionalidade em tudo que é aparelhinho me irrita.

Um beijo

Glorinha L de Lion disse...

A mim tb Lu. Prefiro apertar um botão , ligar e desligar e já tá de bom tamanho...rsrs beijos,

BLOGZOOM disse...

Cada vez mais eu me lembro do livro Admiravel Mundo Novo, eu tinha curiosidade em pensar que um dia viveríamos coisas similares. Nossa... parece que escritores antigos eram videntes e se espantavem ontem, hoje mais ainda.

Eu espero que eu continue degustando livros impressos, visitando livrarias... embora tenha reparado que algumas já fecharam. Da mesma forma que lojas de CDs estão sumindo, pq se baixa musicas na internet... aquilo que colocávamos as mãos parecem utopia. E as fotografias e albuns?! Eu mesma, já tem uns anos, que não tenho mais albuns fisicos... e eu amo demais ver fotografias, que esquisito. Isso realmente é muito estranho.

Sobre a letra cursiva, já tem uns 6 anos que ouvi este assunto, sei o quanto ela é importante para os mecanismos cerebrais e motores. O que vai ser da criatividade humana, da sensibilidade, do tato?!

É assustador.

Precisamos sim abordar assuntos como este, dá impressão que a memoria está morrendo... será uma lembrança abstrata do que fomos.

BEIJOS