sábado, 31 de julho de 2010

Meu Lugar de Escrever


A Luma do blog Luz de Luma fez um post ótimo sobre os "cantinhos dos escritores" e disse que tinha curiosidade em saber onde as pessoas escreviam...Inspirada por ela, resolvi mostrar meu lugar.
Esse é o lugar onde passo a maior do meu dia, entre o aspirador de pó, o fogão, a máquina de lavar roupas e o varal.
Dublê de dona de casa e escritora...fazer o que?
Mas é aqui, onde dedilho meu "piano" compondo minhas ideias, recebendo minhas inspirações da vida e da natureza à minha volta.
Escrevendo no blog, respondendo aos comentários, pesquisando...enfim, aqui é o meu lugar de criar!
É tudo bem bagunçado mesmo, pois eu sou uma virginiana, com ascendente em leão e lua em câncer (que, agora eu sei, graças à minha querida amiga Izabel Viegas). Virginianos são organizados, meticulosos e detestam bagunça. Pois eu, sou justo o contrário: bagunceira e desorganizada. Mas se não mexerem na minha bagunça, eu acho tudo e sei onde coloquei qualquer coisa que "guardei".
Tem papel pra todo lado. Livros, jornais, poemas já impressos, livros em andamento, enfim, um caos, mas nesse caos, sei onde está tudo. Eu me acho e me encontro comigo mesma nesse canto da casa.
E é essa a jabuticabeira que vejo da janela do escritório, que não dá jabuticabas, mas dá micos em profusão. Micos leão da cara dourada e saguis, aos montes. Ficam dali, me olhando e me chamando pra que eu coloque bananas para eles. E, haja bananas! São dúzias, toda semana!
Atrás da jabuticabeira, tem um morro e lá em cima, fica a Reserva Florestal, que é o fundo do meu quintal.
Essas são as outras duas janelas, de onde se pode ver meus limoeiros e um pouco da pitangueira. A foto está ruim, mas já dá pra sentir que vivo cercada de verde, não dá?
Daqui eu ouço os passarinhos cantando, os mais lindos sabiás laranjeira, canários, bicos de lacre, que já citei em outros posts. Agora mesmo, tem um canarinho da terra pousado na jabuticabeira e cantando como ele só...
Olhem ele aí, comendo a canjiquinha amarela que boto pra eles...E uma coisa curiosa do canário da terra: ele anda sempre com a mulherzinha dele, que é mais feinha, mais esverdeada. Só andam em par. Ele vem primeiro, depois chama a fêmea, e aí, com toda a segurança, ela vem comer também. Eles cantam lindamente, num canto dobrado.
Por isso, fico doente quando vejo passarinho ou qualquer outro animal silvestre preso em gaiolas. Não posso  ver que me dói demais o coração. Não sei como tem gente que sente prazer em tê-los em gaiolas, confinados num cubículo, sem poder voar.
A beleza desse lugar onde moro me dá o privilégio de vê-los assim, livres, no seu habitat.

E eis a trepadeira da área da piscina em toda a sua magnificência!
Ela está lotada de flores, beija flores e borboletas. Abelhinhas, daquelas pequenas, que não mordem e meus cachorros entram em casa cheios de florinhas vermelhas enfeitando seus pelos brancos e, de quebra, ainda vêm com umas abelhinhas grudadas no pelo deles, que eu tiro com todo o cuidado, para não matá-las.

Olhem lá o bundão da Cléo olhando pro cachorro do vizinho, lá no canto esquerdo!
Pois os três entram ali, xeretando o cachorro do lado, que eles detestam e saem dali debaixo, todos floridos e abelhudos...hehe. Eles me divertem!
É por isso que não tenho medo de bichos como a maioria das pessoas. Tem barata? Eu mato. Besouro? Tiro com uma caixa e solto lá fora...abelhas, também. Até aranha eu salvo! Cobras? Idem. Já contei aqui minhas estórias com cobras.
Só mato barata porque é nojento, anda no lixo e ratos, se for ratazana de esgoto, mas esses, que são raros por aqui, quem mata são os moços que trabalham no lugar onde moro.
Eu não mato nada. Porque sou eu a invasora. Se der pra pegar vivo e soltar em outro lugar ou lá fora, eu pego e solto.
Não sou de dar ataques com morcego, bichos voadores, desses que vem da mata...se eu fosse assim, era melhor morar em outro canto, num apartamento na cidade grande, porque aqui tem bichinhos demais.
E, nas noites de frio, com tudo apagado poder ver os vagalumes na escuridão da mata? É um prazer indescritível...Se bem que quase não tem mais...Quando vim morar aqui há mais de 20 anos, tinha muitos vagalumes na mata...Hoje em dia, só de vez em quando é que os vejo...Uma pena...
Me digam se não tenho que ter muita inspiração com toda essa paz e beleza em volta de mim?
Bem, agora que já contei tudo o que vejo da janela do meu lugar, com licença que preciso voltar a escrever.
Foi um prazer tê-los comigo nesse tour pelos meus domínios.
Aceitam agora um café com bolo?

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Feliz e Sem Medo!


Vou contar uma coisa para vocês: sabem uma das coisas que mais gosto na blogagem? É ir nos blogs dos meus amigos, daqueles amigos mesmo, do peito, e ver que um montão de gente foi lá, conhecê-los, graças à blogagem.
Eu fico tão, mas tão feliz quando vejo isso! Não é babação de ovo, nem puxa saquismo, que vocês sabem que não sou disso. É a alegria de ver a troca, novas amizades surgindo, algumas, eu sei que talvez não vão adiante, mas ler o que o outro tem a dizer, ver uma outra maneira de olhar a vida, os problemas, ver que não estamos sós...isso tudo me empolga demais!
Além do fato incrível de que, a cada nova blogagem, mais gente inteligente e sensacional vem se juntar a nós.
Da mesma maneira quando cito o blog de algum amigo ou amiga incrível e um monte de gente vai lá conhecer.
Eu fico radiante quando entro nos blogs e vejo eles lotados de comentários. Fico exultante! Dá vontade de gritar de alegria.
Parece bobagem? Não acho. Acho que aqui temos uma liberdade que não existe no mundo real, de nos mostrar como somos. E claro que não estou falando dos falsos, dos duas caras, que isso eu sei que o mundo aqui e lá fora, está cheio. Falo de gente, como eu gosto de dizer "com alma". Gente que respeita a maneira do outro olhar, crer ou não crer, escrever, dizer, contar.
A cada nova blogagem eu fico assim, meio de ressaca. Ressaca de felicidade.
Beijos a todos que não tiveram MEDO de se mostrar inteiros, com a mais absoluta verdade, humor, paixão, em forma de conto, poema ou estória.
Eu me orgulho muito de ter feito aqui, amigos desse quilate.
Amo vocês!

Blogagem Coletiva - Medo!




Eu estudei o Panóptico na faculdade, não me lembro mais em que matéria, se Psicologia ou Filosofia.
O Panóptico foi um mecanismo arquitetônico inventado pelo filósofo Jeremy Bentham, em 1785, para vigiar operários, estudantes, loucos ou presidiários.
Ele consistia de um prédio em forma de anel, com muitas celas. No centro desse anel, havia uma torre de vigilância, com janelas escondidas por persianas. As celas seriam construídas de tal modo, que tudo o que se passasse em seu interior, seria visto pelos vigias.
Era a garantia da ordem e da vigilância total. O vigiado era observado pelo vigilante através das persianas e nunca sabia quando estava sendo observado.
O objetivo não era punir, mas evitar que o mal, passível de punição, fosse sequer cometido, visto que induzia no observado, um estado permanente de consciência de que estava sendo vigiado.
Era o funcionamento autoritário do poder.
Michel Foucault, o filósofo francês, ao escrever o livro "Vigiar e Punir" cita o Panóptico como um instrumento coercitivo e disciplinatório.
"O Panóptico (...) permite aperfeiçoar o exercício do poder. E isto de várias, maneiras: porque pode reduzir o número dos que o exercem, ao mesmo tempo que multiplica o número daqueles sobre os quais é exercido (...) Sua força é nunca intervir, é se exercer espontaneamente e sem ruído (...) Vigiar todas as dependências onde se quer manter o domínio e o controle. Mesmo quando não há realmente quem, assista do outro lado, o controle é exercido. O importante é (...) que as pessoas se encontrem presas numa situação e poder de que elas mesmas são as portadoras (...) o essencial é que elas se saibam vigiadas."
Foucault, Vigiar e Punir.


George Orwell, no seu livro "1984" traduziu muito bem na figura do Big Brother, "o olho que tudo vê", a estrutura simbólica do Panóptico.
O Estado autoritário, que procura interferir em todos os mecanismos da sociedade é o que mais me dá Medo.




Mais do que nunca isso tudo me parece atual.
Em cada esquina, nas ruas, shoppings, lojas, escolas, prédios residenciais, a vigilância é usada e o Big Brother lá está, vendo tudo, acabando com a individualidade e com a privacidade dos indivíduos.
Em nome da "segurança" dos cidadãos. Em nome do "direito" à liberdade individual.
A cada dia, somos mais reféns dessa prisão invisível, desse aparente direito de ir e vir.
A cada dia mais olhos nos vigiam, mais câmeras são instaladas, mais leis são feitas, cada vez mais autoritárias e totalitárias. Em nome de uma liberdade que já não existe há muito tempo.
Do povo que cala, não vê e não sabe. Da ignorância que tudo permite. Do endeusamento de "salvadores da pátria". Da aceitação de restrições às liberdades individuais.
Esse é o meu MEDO.
Somos vigiados 24 horas por dia, nossa vida não melhorou por isso, e o pior, somos vigiados mesmo quando não sabemos que somos. Como na utopia de Bentham.
A utopia se tornou possível.

O Panóptico é mais real hoje, do que em 1785, quando era só um projeto num papel.


UPDATE: A Marli Borges do Blog da Marli fez uma abordagem muito interessante aqui sobre o tema.




quinta-feira, 29 de julho de 2010

Amizade, Amigos E Um Presente.


Ganhei essa obra de arte do meu amigo Marcelo Dalla.
Olhem só que coisa mais linda! Eu adoro tudo o que o Marcelo faz e esse coração bem poderia estar pendurado na parede da minha sala, mas como não dá, vai ficar aqui, pendurado no meu blog e, mais ainda, no meu coração.
Por coincidência, li no jornal de ontem que a Amizade tem um poder maior sobre o organismo humano do que o exercício físico. Ela evita problemas de saúde, problemas cardíacos, etc.
Quanto maior nossa rede de amigos, quanto maior nosso entrosamento com eles, menos problemas de saúde corremos o risco de ter.
Isso não é maravilhoso?
Além de tudo de bom que a amizade nos traz em termos de afeto, compreensão, aconchego, companhia, agora, sabemos, comprovado pela ciência, que amigos fazem bem à saúde!
Viva os amigos, viva a amizade e o privilégio de tê-los.
Eu tenho!
Obrigada Marcelo, amei este Heart&Flowers!
Beijos a todos os meus Amigos!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A Graça da Vida e Outras Estórias 3



Eu tenho aprendido tanto aqui, através desse blog, e com meus amigos blogueiros, que nem sei como mensurar isso.
A cada dia descubro mais coisas que eu não sabia. Outras que sabia e tinha esquecido e outras e mais outras, diariamente.
Tenho tido verdadeiras lições de vida, de autoconhecimento, de sabedoria através dos blogs que frequento.
Há um tempo atrás, estava lendo o blog do amigo Marcelo Dalla e o post que ele fez naquele dia coube como uma luva na minha alma, parecia feito pra mim. Ele falava sobre como não devíamos ver e ouvir as atrocidades, maldades e crimes que mostravam na tv, nos jornais, na mídia em geral. Que isso era uma forma de abrirmos nossa casa e nossa alma para esse tipo de energia negativa.
Na hora, aquilo me bateu forte, apesar de eu não ser dessas pessoas que adore ler sobre tragédias, pelo contrário. Mas a curiosidade, própria do ser humano, nos faz, não desligar, não virar a página e continuar a par das barbaridades que andam acontecendo pelo mundo.
Não acho que isso seja se alienar, mas se auto preservar. Mudar o canal, significa não entrar no mesmo "canal" vibratório da maldade, do ruim, do trágico. Não permitir que adentrem pela nossa vida.
Essa foi uma grande lição que aprendi com o Marcelo, um cara sábio, do bem, que sem saber, às vezes me dá altos toques quando passo no seu blog. Mesmo quando só leio o que ele escreveu. Aquilo me toca de alguma forma.

Tenho procurado estar nesse outro "dial". Não ficar ouvindo, nem procurando saber sobre notícias ruins. Claro que ainda não estou totalmente "curada" da bisbilhotice quando o assunto é ruim, mas estou me policiando, tomando mais conta do que entra em minha casa e em mim.
E, mais curioso, mesmo cheia de problemas, até o topo dos cabelos, não estou me sentindo depressiva ou para baixo, como andei me sentindo há uns tempos atrás.

E aí, vem outro post do Marcelo: um em que ele falava que repetíamos os mesmos erros pela vida a fora, num padrão de comportamento que ia se reproduzindo ad eternum. E que não precisamos repetir o mesmo comportamento porque já aprendemos o que tínhamos a aprender com ele. Era hora de mudar.
Ele talvez não saiba, mas acredito que essas palavras tenham ajudado muita gente, que como eu, naquele momento, precisavam  mudar o padrão.
E foi o que fiz, inconscientemente, quando resolvi focar no que verdadeiramente sei e sempre desejei: escrever.

Mudei meu foco e minha vida ficou muito mais leve, pois agora, com um objetivo e uma meta.
Ainda não cheguei aonde quero, mas sei que vou chegar.
Hoje, desejo que todos esses cactos, que aliás adoro, representem o simbolismo da escolha,  pois mesmo nos lugares mais áridos, secos ou no meio das pedras, eles florescem. E que ao olharmos para eles, possamos mais uma vez lembrar, que entre os espinhos e as flores, tenhamos o discernimento de escolher sempre, as flores.
Viver e aprender a cada dia, essa é a graça da Vida.
Obrigada Marcelo, um grande beijo. Esse post é pra você!

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Graça da Vida e Outras Estórias 2 - Update Sobre a Blogagem.


Essa estória do elefante de Saramago, estória verídica, na qual ele baseou seu livro, me fez lembrar outra bem parecida: A do Rinoceronte da Torre de Belém.
Não me perguntem como eu sei disso, pois não me lembro onde li. Li tanto, antes durante e depois de minha viagem à Portugal, ficou tanta coisa e tantos fatos registrados na minha cabeça louca, que por mais que pensasse, pegasse meus livros de viagem, não consegui achar a fonte onde soube dessa estória. Para mim, uma das melhores de Lisboa e da viagem.
Em 1515 um rinoceronte foi oferecido à Afonso de Albuquerque, fidalgo e militar, governador das Índias Portuguesas, por um sultão.
Dom Afonso resolveu enviá-lo, como presente ao rei D. Manuel I de Portugal.
Depois de 120 dias de viagem, o rinoceronte chegou à Lisboa. A Europa não via um animal exótico desde a Roma Antiga. E, D. Manuel resolveu travar um combate entre o pobre do rinoceronte e um elefante de sua propriedade, pois sabia se tratarem de inimigos mortais.
O elefante, assustado, fugiu, fazendo um alvoroço sem fim e o pobre rinoceronte foi oferecido ao Papa Leão X.
E lá se foi outra vez, mar afora, junto com carregamentos de prata e especiarias, o pobre rinoceronte, para ser presenteado ao papa, em Roma.
Como o navio passou por Marselha, o rei da França, Francisco I, muito curioso, fez com que o navio parasse na França e quis vê-lo.
Em 1516, devido a uma forte tempestade, o navio naufragou e o infeliz, acorrentado, morreu afogado.
A carcaça do animal foi recuperada, em péssimo estado, e retornou à Lisboa para ser empalhada.
Como tudo isso aconteceu à época da construção da Torre de Belém, um dos escultores, resolveu homenagear o animal, fazendo uma escultura do rinoceronte, ou melhor do que sobrou dele. Por isso, a escultura não é nada fiel ao animal verdadeiro.
Essa estória me intrigou tanto, que tive que tirar uma foto do rinoceronte. Que nada tem a ver com o estilo manuelino da Torre, cheio de nós, cordas e motivos náuticos. Pois no meio disso tudo, chapuletaram uma cabeça de rinoceronte com um corpúsculo que parece saído de um conto de terror.
Essa estória ilustra bem a maldade humana, a sua arrogância e ignorância perante a natureza e ao que não conhece.
Muita gente que já foi à Portugal talvez não saiba dessa estória.
Eu, com minha curiosidade de escritora, fiquei encantada e chocada  por tudo o que ela carrega em simbolismo.
As fotos são minhas.
E as saudades de Portugal, muitas.
E a graça da vida está, também, em apreciar os detalhes da paisagem.

Update: Pessoal que vai participar da blogagem de sexta feira, por favor, confirme me passando seus links e quem tiver vários blogs me dê o link do blog que vai participar, que maga adivinha eu ainda não sou...por enquanto...hehe.
Beijos.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Graça da Vida e Outras Estórias 1




Estava eu lendo no jornal de ontem, a entrevista de Pilar Del Rio, companheira de Saramago que estará sendo homenageado na próxima Flip. Li também sobre o documentário que foi feito sobre os últimos anos da vida dele. E, ao ler sobre o livro A Viagem do Elefante, fiquei pasma ao ver como pensamos igual acerca da vida e da morte. E, principalmente sobre a morte.
A cada dia que passa, me conscientizo mais de que tudo será esquecido, de que nós não passaremos de fumaça, de uma névoa perdida no tempo, até que sejamos totalmente esquecidos. Totalmente.
E a cada dia fico mais assombrada com os conceitos e modos de encarar a vida dos seres humanos. Perdendo tempo precioso com coisas sem nenhum valor, com coisas sem nenhuma importância, nomes, sobrenomes, corrida atrás de dinheiro, enfim, coisas que vejo, a cada dia, valendo menos aos meus olhos.
Sinto às vezes, como se eu estivesse sozinha no mundo. Como se eu visse o que a maioria das pessoas não vê.
A inutilidade de tudo o que fazemos. E tal como o elefante de Saramago, no final, nossas patas servirão apenas como depósito de guarda chuvas, se tanto.
Então para que tudo isso? Qual o sentido da vida, senão ela mesma?
Não pensem que estou deprimida ou triste. Muito pelo contrário.
Se há tristeza em mim é pelo que o homem não vê. Pelo total descaso das pessoas pela urgência de viver.
Não adianta arrependimentos, voltas ao passado, ressentimentos.
O que adianta é viver.
Vivamos pois, da melhor forma, sem nos preocuparmos com o que outros pensam ou deixam de pensar.
Sem dar importância ao que não tem importância.
Sigamos como o elefante, ao fim inexorável, mas, usufruindo a paisagem.

domingo, 25 de julho de 2010

Um Bom Filme


Já viram esse filme?
Se não viram, recomendo.
Quando o rapaz da locadora me perguntou se eu gostava de suspense eu disse logo: Gosto, mas não de terror.
E ele disse: Pode levar Passageiros, você vai gostar.
Quando li a sinopse, e vi que tratava de uma psiquiatra que cuida de sobreviventes de tragédias e que o acidente do filme era de avião, falei logo: Ah não! Eu já tenho medo de avião, se ainda ficar vendo filmes sobre acidentes, vou ficar com mais medo ainda.
E ele: Pode levar, o filme trata do que acontece depois do acidente. Garanto que você vai gostar.
E não é que é um ótimo filme mesmo?
A Anne Hathaway é uma psiquiatra como eu falei antes, e ao tratar dos sobreviventes de um desastre de avião, começa a desconfiar que a companhia aérea está escondendo alguma coisa.
Um dos sobreviventes, o gato Patrick Wilson, a ajuda nas investigações, mas não se lembra do que aconteceu na hora do desastre.
Bem, não vou contar mais. Vejam e depois me digam o que acharam.
Uma boa dica para ver num domingo à noite em vez de ver as desgraças da TV.
Beijos. Bom Domingo.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Escolhas


Algumas pessoas
Preferem
Se lembrar do ruim
E não do bom
Sentir o gosto do fel
E não do mel
Escolhem
Encolher-se
Na casca
E não sair para a vida
Reclamar dos outros
E não se olharem por dentro
Algumas pessoas cobram
O que nunca deram
E se sentem injustiçadas
Porque lhe dão
Migalhas
Não souberam amar
Não dividiram afetos
Preferiram ficar na sombra
E não sair para o sol.
São as que vivem sós
E não sabem porque
São as que só guardam rancor
E querem receber afagos
São as que atiram pedras
Por toda a vida
E desejam abraços.
São cegas por tanto egoísmo
Seu ego é tão grande
Que acham
Que tudo no mundo
Só tem uma meta:
Atingí-las
Eu fui amada
Amei
Lembro só
Das coisas boas
As ruins
Apaguei.
Se fui feliz
A culpa é só minha.
Dei amor
E recebi
E foi dividindo
Meu riso e afeto
Que hoje sinto
Que mesmo sozinha
Nunca estou só.

Alerta! Perigo Na Net!


Bom dia, meus queridos e queridas.
Infelizmente vim aqui hoje para alertar que estão usando o nome do meu blog e inclusive meu link para, imagino eu, passar vírus ou hackear os pcs.
A amiga Lúcia do blog De Amor e De, recebeu um email de um tal de Brasil Anula para Reestruturar, mandado por uma pessoa que se dizia gerente da tal entidade e anônima, dizendo que leu um comentário dela no meu blog e a convidando para acessar dois links. Ela, que não é boba nem nada, me avisou e claro, não clicou em cima dos links. Não sei se mais alguém recebeu isso.
Não sei do que se trata e aparentemente é falso, pois se fosse sério, não seria de uma pessoa  anônima.
Queria dizer duas coisas: Ppss são perigosos. Não abram se não souberem quem é a pessoa que mandou.
Já recebi 2 e-mails de uma pessoa amiga , com o e-mail dela,  tudo direitinho, só que não tinha assunto. Quando for assim, não abram, mesmo sendo de conhecidos ou amigos.
Eram vírus. Ela não tinha me mandado nenhum dos 2 e-mails.
Outra coisa, ao mandarem Ppss para os outros, deixem os endereços ocultos. É só clicar naquele Cco que tem em cima, à direita do cabeçalho do e-mail.
Assim, vocês estarão preservando os e-mails dos amigos.
Bem, se alguém mais receber isso, fica o alerta.
Infelizmente, a net tem dessas coisas, e assim como os seres humanos, os dois lados: o da Luz e o lado das Trevas. A maldade e o lado escuro também andam por aí...Fiquem espertos e atentos!
Beijos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Uma Proposta!


Não, amigos, amigas e correligionários, a proposta não é de algum editor, louco para publicar minha obra prima! hehe...
Aliás, diga-se de passagem, estou sendo disputada a tapas entre os grandes editores do país! Eles já me fizeram tantas propostas milionárias que nem sei com qual deles assino o contrato...Mentirinha, mentirinha, mentirinha!
Que a Vida me ouça e a Neurolinguística me prove do que é capaz!
Mas é outra coisa. Lembram-se que eu falei que estava com umas ideias para outra Blogagem Coletiva, assim que terminou a das Cores?
Só que agora tem tanta gente fazendo Blogagem que não sei se estariam dispostos a entrar novamente em outra...talvez fique cansativo.
Bem, quem participar, me avise.
Será o seguinte: Em vez de às segundas feiras será às sextas.
O tema: Sentimentos.
Serão 8 semanas, então, 8 sextas.
Acho que para mim, a Blogagem funcionou como um estímulo à minha criatividade. Acho ótimo poder escrever estimulada por um tema. Acho desafiador, principalmente se fujo do lugar comum e procuro escrever sobre algo que não seja óbvio.
Sei que a Blogagem Colorida foi enriquecedora para a maioria dos que participaram e com isso, muitos ficaram cheios de seguidores na blogosfera, embora ache que o objetivo não é esse, isso é consequência.
Então, o primeiro tema será:
Medo
Começa na sexta, dia 30 de julho.
Podem escrever sobre seus sentimentos, sobre o que lhes dá medo, ou do que não tem medo, ou algo que lhes aconteceu.
O que acham?
Pra mim será um refresco depois da concentração no meu livro. E como já estou pensando em começar outro, vai dar uma arejada nas minhas ideias.
Quem quiser participar, me avise, tá? Beijos.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Aos Meus Amigos


Confesso a vocês que não sou muito ligada nesses dias que inventam e que a cada ano surge mais um. Mas hoje, quando comecei a receber um monte de emails e recados de Feliz Dia dos Amigos, me empolguei e pensei que deveria agradecer a cada um de vocês que tanta força tem me dado. Como não consegui ir em todos os blogs, resolvi escrever esse post de maneira que todos se sentissem beijados.
Graças a esse blog e aos amigos que fiz aqui, redescobri a Escrevinhadora Adormecida.
Vocês foram meus príncipes encantados. Foram vocês que me acordaram com um beijo e me empurraram na direção e concretização do meu sonho.
Agradeço e deixo hoje aqui para cada um, individualmente, meu enorme abraço e o desejo que todos sejam felizes e também realizem os seus.
Obrigada meus amigos e amigas por fazerem parte da minha vida.
Beijos e felicidades a todos!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Eu Apoio!




Achei genial essa ideia da Cátedra da PUC Rio, tirando uma casquinha da Operação Lei Seca, que combate e conscientiza sobre o uso de álcool por quem dirige.
Em tempos de burrice, retrocessos, desafio às leis eleitorais, péssimos exemplos dados por todos os políticos, desde o presidente até vereadores, nada como apoiar uma causa que incentive à leitura.
Já dizia Monteiro Lobato: "Um país se faz com homens e livros".
Eu Apoio! E complemento, por homens e mulheres que leiam!

Minha Porção Cuca, Sem Mestre


Gente, quem me conhece sabe que detesto tudo que é de casa. Cozinhar, lavar, arrumar, tudo!! Odeio!!
Só, que como estou sozinha, o jeito é ir fazendo e minha imaginação não é boa pra inventar pratos culinários.
Mas de vez em quando faço umas doideiras aqui que dão certo. E, principalmente, super rápidas, pra quem não tem paciência na cozinha como eu.

Mas hoje vou dar uma receitinha fácil e prática que inventei.
Eu peguei na net há tempos atrás um molho tipo barbecue, que fica delicioso. Quem é do Rio e conhece o restaurante Outback e em Sampa o Apllebee's, acho que o nome é esse, tem uma costela ao molho barbecue lá, que é dos deuses.
Eu faço essa receita com filé mignon em tirinhas ou com frango em tirinhas e outro dia inventei : com  boi ralado (ou carne moída, se preferirem, rsrs). Fica bom demais! Meus filhos que são chatos, adoram. Fica bem picante. Eu ammmmmooooo coisas picantes. Não falo pra vocês que sou "apimentada"?

Receita:
1 cebola grande
1 xícara de chá de açúcar mascavo
1/2 xíc. de vinagre
1/2 xíc. de katchup picante
1/2 xíc. de azeite ou óleo (na carne moída não coloco)
1 xícara de polpa de tomates
Sal a gosto
1/2 xíc. de água (no boi ralado, não coloco)
Um pouco de molho shoyo, quando tem
Um pouco de molho inglês
Molho de pimenta à vontade

Eu dei as quantidades, mas eu sou a maior inventadeira, tipo cientista louco na cozinha, não meço nada, vai tudo no olhômetro. Às vezes dá errado, mas na maior parte das vezes dá certo. Sorte de principiante?

Bem, eu pego todos os ingredientes, bato no processador e estamos conversados.
Quando é com filet mignon, corto em tirinhas, coloco numa assadeira e jogo o molho em cima. Quando a carne estiver cozida, e o molho um pouco grossinho, está ótimo. Mas cubra com papel alumínio.
Com o frango, faço o mesmo. Corto o peito em tirinhas e tome-lhe o molho em cima e...forno!
Outro dia tinha uma carne moída. Eu olhava pra ela e ela pra mim sem saber o que faríamos uma com a outra.
Eu sabia que minha filha não é chegada à boi ralado. Meu filho gosta, mas esse negócio de cada um gostar de uma coisa é pra enlouquecer mãe, só pode ser.
Daí me veio a ideia brilhante de fazer com o molho. Hoje eu fiz de novo.
Só que refoguei a carne no azeite e na cebola. Aí, fui tafulhando tudo em cima, açúcar mascavo, etc, etc...Deixei a carne cozinhar nesse molho suculento.

Quem gostar de beeeeem apimentado, pode colocar uns dedinhos de moça picadinhos...eu adoro!
É servir com arroz feito na hora e correr pro abraço! Se quiser pode fazer umas batatas cozidas e colocar orégano e alecrim, sal grosso e azeite e...forno! Uma saladinha também cai bem.
Espero que gostem. Eu acabei de almoçar isso e estou até estufada de tanto que comi. Hehe! E com a boca ardendo, taquei pimenta! Uhhhhh!!!!
Beijos.

sábado, 17 de julho de 2010

No Meio Do Temporal.



Ontem eu estava sozinha em casa quando o temporal começou.
Como moro no meio da Mata Atlântica, temporais aqui são de dar medo, pois o barulho que o vento faz nas árvores, curvando-as até seu limite, dá a impressão que irão se partir a qualquer momento.
O vento uivava, eu, sentada em frente ao computador, escrevia. Escureceu, ficou noite e o temporal, cada vez mais forte, batia as janelas e portas.
Eu, alheia à tudo, só pensava que a luz iria apagar a qualquer momento e tratava de salvar a todo minuto o que ia escrevendo.
Aqui, falta luz por qualquer ventinho e já ficamos mais de 24 hs sem luz algumas vezes.
Pois ontem não. Parecia que tudo conspirava a meu favor.
De repente eu senti uma onda de inspiração me invadindo, não conseguia parar de dedilhar o teclado, como se fosse meu piano e eu um compositor, recebendo os acordes de minha obra prima.
Escrevia, errava, voltava, meu dedo escorregava para as maiúsculas, comia letras, na ânsia, na sofreguidão de escrever o que vinha na minha cabeça.
A tempestade acontecia lá fora e dentro de mim.
Poucas vezes, nesses 21 anos em que moro aqui, vi um temporal tão forte sem que faltasse luz.
Quando terminei de escrever comecei a chorar, tal a intensidade do que senti e coloquei para fora.
Quando vi, tinha terminado meu livro. Aquela era a última página.
Foi uma experiência tão alucinante, que nem sei como descrevê-la com exatidão.
Acho que quem se droga deve sentir isso.
Quando meu marido chegou, eu li para ele e aos prantos disse que aquele era o final de meu livro.
Fiquei tão emocionada que ele, com lágrimas nos olhos, me abraçou e me disse: meu amor, está lindo demais.
Depois dessa emoção toda, tinha que contar para vocês.
Agora, aguardaremos os próximos capítulos.
Minha estrela agora, brilha mais forte que nunca e eu já sinto borboletas voando em volta de mim.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Esperança Passou Por Aqui!



Meus amores:
Passei aqui pra dizer que não estou sem esperança não!
Pelo contrário, olhem ela aí em cima, com sua varinha mágica trazendo luz e muita esperança para a minha vida!
Estou cheia de expectativas.
Estou terminando meu livro e sentindo uma vibração tão boa no ar, como se meus caminhos estivessem se abrindo e minha estrela piscasse pra mim, me dizendo: sou eu, estou aqui, brilhando por você!
Sinto uma luz tão grande pairando sobre mim hoje que nem sei explicar.
Mesmo com toda a tempestade, ventania e toda a chuva que cai aqui onde moro, minha estrela está brilhando pra mim!
Sinto, como nunca senti. Estou até emocionada!
Um enorme beijo a todos os que sinceramente, tem vibrado positivamente por mim.
Boa noite e um lindo amanhecer!

A Escrita


Escrever para mim tem sido uma catarse, uma verdadeira terapia.
Sei que tenho capacidade e com a força que todos os meus amigos tem me dado, gente que nem me conhece bem e vem aqui me dar um empurrão ou simplesmente me estender a mão e oferecer seu abraço, vou captando energias boas.
O grande problema para mim não é escrever, é como achar alguma editora que queira meus escritos.
Participar de concursos, isso já estou fazendo. Mas isso demanda tempo, alguns deles, só darão o resultado no ano que vem. E eu não posso esperar. Não mais.
Sinto que meu momento é agora.
Já não sou mais jovem que possa me dar ao luxo de esperar... Meu tempo agora é curto. Metade da minha vida já se foi.
Sei que o mercado editorial visa o lucro, as grandes editoras querem livros que vendam, pouco importando seu conteúdo, se são bem escritos ou não. Fala do que as pessoas comuns querem ouvir? Então está ótimo, é isso aí! E publicam.
Quantos e quantos livros de autores medíocres vemos por aí, sendo lançados aos milhares, vendendo feito água no deserto.
Não quero ser arrogante nem dizer que sou a bambambã, mas sei que escrevo bem, que estou acima da média, mas e daí?
Alguém quer saber disso?
O Brasil ainda engatinha no mercado editorial. Poesia aqui não vende. Conto aqui não vende, crônica muito menos.
Na Europa tem mercado para todo tipo de literatura, desde que seja boa.
Mas também, estou querendo muito. Num país com zilhões de analfabetos ou analfabetos funcionais, com uma percentagem pequena de pessoas com nível superior ou com alguma formação acadêmica de qualidade, fico querendo que gostem e apreciem os livros e a literatura?
Infelizmente nasci aqui, vivo aqui. Então é aqui que tenho que lutar por meus ideais.
A esperança vem e vai. Ao mesmo tempo que acho que vou conseguir, às vezes me dá um desânimo danado...
Mas vou seguindo. Pelo menos, escrevendo, vou fazendo minha terapia.
E sei que aí, do outro lado, há  leitores e amigos que me admiram.
Grande beijo gente! Vou lá pro meu livro agora, o tempo não dá trégua!
E mais uma vez, vejo uma luzinha de esperança piscando pra mim!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Esperança...


Passei só pra deixar um beijo a todos os meus amigos e amigas.
E com essas flores, dizer o quanto gosto de todos vocês.
Estou 50% inspiração e 50% superação.
Preciso superar meus medos, dúvidas e angústias, todos os dias.
A cada manhã, uma nova dúvida surge. Será que consigo? Será que vai dar certo? Será que vão gostar?
É uma batalha diária com minhas ideias, minha vontade e a desesperança.
Esperança...preciso demais dela agora.
Saudades. Beijo enorme a todos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Cactus


Há gente que mesmo entre espinhos consegue ter flores para dar.
E há aqueles que mesmo tendo flores, só dão os espinhos.
Do mesmo modo que há alguns que enxergam que o copo está meio cheio e os que só vêem que está meio vazio...
A vida nos dá as duas possibilidades.
Enxergamos como podemos.
Olhamos da mesma maneira que somos.
Amáveis, sinceros e com flores a dar. Ou espinhentos, invejosos e feios na alma.
Eu escolho as flores do cactus. Escolho o belo. Escolho a vida.
Escolho ser feliz e a possibilidade de mudar de rumo se o caminho não for o que esperava.
Escolho o lado luminoso da vida, mesmo quando está tudo escuro à minha volta.
Tiro, lá do fundo de mim, as flores em meio aos espinhos e as ofereço, como quem dá um pedaço de si mesma...

domingo, 11 de julho de 2010

Falando De Tudo Como Os Loucos 2

Eu tenho pimenta na alma, por isso resolvi continuar com as polêmicas.
Pegando carona no comentário sensacional da Nilce do blog A Vida de Uma Guerreira , que disse sentir saudades, assim como eu também sinto, do tempo em que nossos pais trabalhavam, davam duro para nos manter e nos dar uma educação decente. Não havia bolsa isso, bolsa aquilo e, mesmo os mais pobres tinham uma vida digna, com arroz e feijão na mesa e todos, todos na escola pública, como já contei antes. Escola Pública  tinha ensino de qualidade e era um lugar democrático que unia pobres, classe média, ricos. Todo mundo era igual lá, não existia essa coisa de cidade partida.

Pois bem, vamos aos assuntos propriamente ditos:

@ O ex jogador, ex goleiro, ex herói do Flamengo, e atualmente assassino, Bruno, fotografado com uma bíblia no colo, dentro do carro da polícia.
Vamos analisar por partes, como ele mandou fazer com o corpo da vítima, sem trocadilho, por favor: Eu soube por fontes fidedignas, de gente "graúda" de dentro do clube onde o ex goleiro atuava, que os jogadores participavam de orgias, aliás, como ele mesmo admitiu na Veja da semana passada.
Essas orgias consistiam em: drogas, bebidas, marias-chuteiras ( pra quem não sabe, meninas que só namoram jogadores de futebol e tratam logo de arrumar um filho pra lhes garantir pensão vitalícia), prostitutas, anões, jegues. Sim, vocês não leram errado! Havia animais nas tais orgias, bizarrices  das mais esdrúxulas, que, gente de bem, como nós, nem conseguimos imaginar. Quem contou isso em "off", não tinha motivos para mentir, pois é uma figura conhecida no meio futebolístico.
Well, essa criatura que participava dessas orgias e mandou matar uma mulher que engravidou dele por exigir o reconhecimento de paternidade, foi fotografado com uma bíblia e se diz evangélico!
Pára o mundo que eu quero descer!
E ainda tem gente tão ignorante que acha que ateu é que é filho do demo!

@ Hoje, lendo o jornal de Niterói, vi um anúncio em 1/4 de página, falando de um show que irá acontecer aqui, não sei onde, de um tal "Bonde das Popozudas", um baile funk, creio eu, com mulheres seminuas, com uns micro shortinhos entrando nas "partes" como diria minha mãe, mostrando bundas e pepecas, em danças pra lá de eróticas, simulando o ato sexual. Peralá! É isso o que as crianças vêem, principalmente nas comunidades carentes, e agora, acha espaço na mídia, erotizando e estimulando sexualmente as crianças desde bebezinhas. Falo isso porque ouvia minha ex empregada contando que a netinha dela, de 2 anos, dançava um tal de um funk que abaixava e se remexia como se estivesse furunfando. Maigodi! É isso o que as crianças das classes mais pobres vêem todos os dias. Por isso, essa minha ex funcionária engravidou aos 15, foi avó aos 30, quando sua filha de 16 anos também engravidou. São os exemplos e modelos se repetindo ad eternum. O sexo está sendo esfregado na cara dessas crianças todos os dias diuturnamente! A outra filha dela, a caçula, aos 9 anos, já tinha peitos, pelinhos, já estava com corpo de moça, aos 9 anos!
A ciência explica que isso é um fenômeno que vem acontecendo no Brasil: As meninas estão tão erotizadas e expostas ao sexo que estão menstruando cada vez mais cedo. E engravidando cada vez mais cedo também.
Será esse o futuro da nossa Cultura? Além da erotização do Carnaval divulgando e difundindo mundo a fora que aqui "mulher é fácil", "sexo é livre". Que cultura é essa que vem se difundindo cada vez mais: o "favela movie", o "pobre cult"?
O que será da vida dessas crianças, sendo mães cada vez mais cedo, sem estudo, sem um mínimo de cultura, mesmo com tanta informação sendo jogada na mídia?
Já pensaram no Brasil do futuro? No Brasil daqui a 10, 15 anos?

@ Achei o comentário da Nilce extremamente pertinente pois toca em duas coisas fundamentais: Antigamente, mesmo sem muitos bens materiais, as pessoas não desejavam nem invejavam o alheio.
O pobre batalhava para dar instrução aos filhos com dignidade. Meu pai, me dava livros de presente de aniversário, todos os anos. Como disse a Nilce, o povo quer ter "gatonet" pra ver Sílvio Santos, programas de baixaria, futebol e não programas educativos ou algo que lhes ensine a pensar. Prefere ter 5 celulares do que comprar livros.
Antigamente, se falava com respeito com os mais velhos, havia educação, mesmo entre as camadas mais pobres. Não se ouvia palavrões a torto e à direito como hoje. Outro dia fui ao supermercado e os empregados que arrumavam as verduras, falavam de "caralho" pra baixo, ao meu lado e ao lado de todas as outras pessoas que compravam. E é assim nas ruas, quando passamos por obras e em todos os lugares. Não há mais respeito.
Eu não sou saudosista, daquelas que ficam suspirando e dizendo " no meu tempo isso, no meu tempo aquilo".
Mas que os valores no Brasil viraram de ponta cabeça, isso é incontestável.
Educação é a palavra mágica.
Mas nem tão cedo acontecerá esse milagre. Enquanto esses canalhas e essa podridão tomarem conta de nossa política. Enquanto um mínimo de vontade política não predominar e não jogarmos raticida sobre esses roedores de corpos e de almas.
O país está impregnado, como num câncer.
Cabe a nós, nas próximas eleições, extirpá-lo.

Um beijo pra Nilce, grande guerreira, que falou tudo!