terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre Gaiolas, Almas e Sonhos...


Não há gaiolas com que se possam prender almas, sonhos ou uma ideia, pois elas voam, ultrapassam limites, escapam de armadilhas, transcendem.
Não há gaiolas que aprisionem a essência de alguém.
A essência, o âmago de uma pessoa, não pode ser medido por palavras, por sua aparência e nem mesmo pelo que ela pensa sobre si. Muito menos pelo que os outros pensam ou pensam que sabem sobre ela.
O cerne, a célula máter de um ser, fica lá, naquele lugar inalcancável onde nenhum grão de poeira pode conspurcar-lhe a pureza.
Essa sim é a verdadeira gaiola, uma gaiola tênue e invisível, que temos dentro de nós.
Mas, ao contrário das gaiolas que prendem, essa é uma gaiola diferente, porque não aprisiona: ela guarda e protege o que nada nem ninguém pode tirar de nós. Nem nós mesmos.

Esse post é um presente para minha miguxa Mila Viegas.
Beijo mi, durma hoje com seus duendes e fadas no seu travesseiro e ouça seus sussurros e o que eles tem a lhe dizer.

Pra Não Dizer Que Não Falei De Flores...




" Vem vamos embora 
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer"

                  Trecho da música de Geraldo Vandré: Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores

Hoje meu dia foi extremamente proveitoso. Escrevi mais alguns capítulos de meu segundo livro. Esse livro demanda muita pesquisa de época e vai demorar mais um pouco para que eu o acabe. Mas está sendo delicioso mergulhar nesse passado, numa época que não vivi e nem sonhava em estar nesse mundo.
Escrevê-lo tem sido tão emocionante, tão vertiginosamente maravilhoso viajar nesse túnel do tempo em busca de mim mesma...
Perdi muito tempo na semana passada com coisas vis, do submundo da baixeza humana. Coisas essas que me tiraram do meu prumo, do meu foco. Coisas que não me pertencem porque não fazem parte do meu mundo.
Mas quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
O sol está a meu favor.
As estrelas e os cometas brilham no meu céu.

Eu nasci em setembro, nesse mês em que a luz da primavera renova o que é velho e o que está morto.
Desperta a natureza, e faz renascer os botões e a seiva das cinzas do outono. Assim sou eu, uma mulher que já perdeu grande parte da vida, deixando seu sonho para trás. Assim sou eu, como o mês em que nasci. Sempre renascendo e se reinventando. Tenho setembro em mim. Trago comigo as flores e o despertar.
Esperar não é saber. E ao escrever minhas estórias, falo de flores sim. Falo de vida. Falo de resistir à dor e às dificuldades. Saber é fazer, é continuar, é resistir.

Sou de setembro. E trago a primavera em minhas palavras e flores em  minhas mãos.

domingo, 29 de agosto de 2010

Blog de Livros


Como contei ontem, estou fazendo um clube de leitura aqui em casa, com algumas amigas.
Tem sido muito bom, como falei.
Então a Beth do blog Mãe Gaia, que também é "sócia" do clube, teve a ideia de fazer um blog junto comigo e a Cynthia do blog Amica Philosophiae,  a outra sócia blogueira, para que cada uma escreva sua opinião sobre os livros que estamos lendo.
Enfim, um blog que fale de livros, pra quem gosta de livros como nós.
Nosso link: www.clubecafelivros.blogspot.com

Estão todos convidados a dar opiniões, sugestões e dicas de livros.
Esperamos a visita de todos.
Beijinhos!

Voando...


Mais uma vez lanço mão de um trecho da música Chão de Poeira, de Klecius Caldas, cantada por Dalva de Oliveira e imortalizada por Maria Bethânia, para ilustrar bem o que sinto e o que penso hoje:

"Não pode alcançar os astros
Quem leva a vida de rastros
Quem é poeira do chão"


Que os que rastejam, comam a poeira do chão, pois eu, tenho muito o que voar...
Bom domingo aos meus amigos!

sábado, 28 de agosto de 2010

Minhas Leituras e Meu Clube do Livro


Um dos maiores prazeres que tenho tido ultimamente é ver realizado o meu antigo sonho de fazer um Clube de Leitura aqui em minha casa.
Consegui reunir algumas amigas e nosso clube já está indo para o terceiro livro.
Nos reunimos de 15 em 15 dias. Nem preciso dizer que eu conto os dias, não é? Por mim, podia ser toda semana. Adoro!
Conversamos, discutimos sobre o que cada uma pensou do livro, o que achou desse ou daquele trecho, enfim, tem sido ótimo!
Sem contar que, no meio da tarde, fazemos um delicioso lanche. Com café e bolo, claro.
Cada uma traz uma coisa: pão de queijo, bolo, até chá inglês trazido da Inglaterra já teve, café e, obviamente, muita conversa agradável, muita troca de ideias, de vivências. Tem sido uma delícia nossas tardes quando nos reunimos para falar dos livros, da vida, do mundo.
Começamos com o livro O Clube do Filme, mas não achamos nada demais. Depois lemos A Chave de Casa, eu adorei e agora, vamos ler Um Hotel na Esquina do Tempo.
Nem preciso dizer que mesmo lendo os livros do clube estou lendo outros junto, né? Sou assim, uma desvairada, que além de escrever, lê 3 ou 4 livros ao mesmo tempo.
Terminei ontem o Pandemonium do Zeca Fonseca, aquele em que fui na noite de autógrafos.
Gostei. Mas, só recomendo a quem tem estômago forte. O livro é bem ousado, fala em coisas politicamente incorretas, atos sexuais escatológicos, mas tem passagens extremamente reflexivas sobre a vida, as emoções, o mundo e o porque de uma pessoa ser levada ao auto flagelo da bebida em excesso, das drogas, do sexo exacerbado. De como tudo isso pode levar uma pessoa às raias da loucura ou de como uma pessoa com  baixa autoestima, depressão, falta de amor próprio pode se deixar levar por todos esses excessos, numa espécie de auto punição por estar viva.
Ao falar do sub mundo do sexo e das drogas, inclusive as drogas "lícitas", como o álcool, o Zeca nos transporta a um mundo inimaginável para uma pessoa comum e dita "normal". Porque normal, ninguém é. Por mais que se ache. O livro é machista? Achei. Mas há que se levar em conta que é narrado sob o prisma de um homem, brasileiro e "pegador".
Por isso, deixemos o preconceito de lado, aliás, todos eles.

Achei algumas partes repetitivas, principalmente as cenas de sexo, escabrosas para os padrões estéticos "normais". Acho que o livro poderia ser menor. Eu disse, eu acho. Quem sou eu para achar que um escritor deve escrever menos ou mais páginas? Ele escreveu o que sentiu vontade, o que sentiu que deveria ser dito e o que teve vontade de dizer. O livro é dele e ninguém tem o direito de dizer se ele deveria fazer menor ou maior. Eu respeito muito isso num escritor, porque venho sentindo essa pressão na própria pele. Acho um desrespeito vir pedir para quem escreve cortar páginas ou capítulos. O livro foi concebido assim, nasceu assim, foi parido assim. Em tempos em que o dinheiro, o lucro e o mercado são olhados com mais carinho do que o Escritor, o criador da estória, não se pode esperar atitude diferente de editores ou editoras. Aí é que vemos que estamos vivendo num mundo de penas pro ar. Um verdadeiro Pandemonium!
Meu abraço ao Zeca Fonseca. Lido e recomendado. Mas não aos puritanos ou aos politicamente corretos. Se lerem, vão ficar de cabelo em pé!

Estou feliz: mais duas amigas virão juntar-se às 4 que já participam de nosso clube, na próxima quinzena. Seremos 6 e em breve, mais outras virão.
É por essas pequenas grandes coisas que acho que a vida vale a pena.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Aos Meus Amigos


"Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde "sim"
A sua imaginação
A arte de sorrir
Cada vez que o mundo
Diz "não"..." 
Diz um trecho da música Brincar de Viver de Guilherme Arantes.






Eu nasci com essa arte: A de sorrir quando o mundo me diz  Não.
Mesmo que hoje, entristecida e cansada, ainda não esteja com muita força pra sorrir, amanhã sei que
estarei sorrindo de novo.
Meus amigos sabem disso. Eles estão ao meu lado, comigo. Eles me fazem mais forte, pois me sinto amada.
Hoje conversando ao telefone com uma amiga querida e sábia, que é artista plástica, ela me dizia:
"Não fica assim não, quando puxam nosso tapete, as pessoas na verdade, estão é nos dando mais chão".
Como é sábia a minha amiga Cida!
Então é isso! De tudo devemos tirar uma lição! Eu agora estou sem tapete, mas tenho mais chão e um chão limpo e liso para a minha caminhada.
Ganhei uma amiga que já era amiga de blog, mas virou amiga do coração, minha miguxa, a Mila, que também entrou nessa canoa furada junto comigo. Quem conhece a Mila sabe que ela tem um talento enorme, escreve super bem e tem um lindo futuro pela frente.
Ontem ficamos no MSN até quase 3 horas da manhã.
Rimos, choramos, contamos piadas, falamos de assombração....e nisso vimos que não estamos sós. Nunca estamos. Ficamos mais unidas, nos conhecemos mais e nos amamos mais agora. Só por isso, pela minha miguxinha querida ter virado minha amigona, já valeu ter passado por isso tudo.
Pude falar com minha amiga Macá ao telefone e ouvir sua voz tão querida. E pude agradecer à ela o favor que nos fez ao descobrir, sem querer, o informe da CBL.




No final, acho que nasci com uma sorte enorme! 
Tenho tantos amigos incríveis. As coisas chegam até mim sem que eu peça. Escrevo com alma. Sei que tenho talento.
O que é meu, certamente está guardado e será muito melhor do que eu pensava.
Deixo aqui essas lindas mandalas do meu amigo Marcelo Dalla como presente para iluminar a noite e a vida de todos: meus amigos, seguidores e leitores.
Amanhã, será outro dia, como diria Scatlett O'Hara no filme ...E o Vento Levou.
E a cada dia, sua dor e sua alegria. 
O caminho, agora, está diante de mim, vou devagar, com mais cuidado, mas irei.
Para se trilhar um caminho, por mais longo que seja, é preciso um primeiro passo, como diz a sabedoria budista. Já dei muitos, em minha caminhada rumo à publicação dos meus livros.
Tive que voltar para trás algumas vezes.
Certamente enfrentarei mais obstáculos e mais Nãos.
Mas nunca, nunca, me tirarão meu sorriso, porque ele, nasceu comigo.


Minha eterna gratidão a todos os que me apóiam e gostam de mim.
Beijos a todos.






quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Blogagem Coletiva: Raiva! Muita Raiva!


Depois do turbilhão de acontecimentos que caíram sobre mim, meus sonhos, minha ausência de malícia, minha falta de objetividade e ingenuidade infantil, posso dizer com maiúsculas:
ESTOU COM RAIVA!
COM MUITA RAIVA!
Por achar que todos são honestos como eu.
Por acreditar que todos tem boas intenções como eu (mesmo errando, às vezes).
Por achar que ninguém faz o que eu não faço.
Eu estava orgulhosa. Meus escritos estavam sendo aprovados. Era mandar e pronto, lá estavam eles selecionados. Era Frankfurt, Espanha, México, França! Era poesia, era conto, todos selecionados. Fiquei embevecida!
"Puxa, devo escrever bem mesmo! Puxa devo ser boa nisso!"
Quase mandei meu livro de contos que estava pronto! Ainda bem que registrei tudo na Biblioteca Nacional, antes de mandar.
Pelo menos nisso, fui um pouco mais esperta. Um pouco só, porque no resto, fui uma verdadeira idiota, infantil, achando que aquilo tudo estava ali, tão facilmente ao meu alcance.
Nada cai do céu fácil para mim!
Nada é sem sacrifício, sem suor, sem lágrimas.
Não quero me vitimizar porque não é meu objetivo e nem é meu feitio.
Estou aqui para pedir perdão a todos os que votaram em meu livro e perderam seu tempo fazendo isso e divulgando.
Mas principalmente, para gritar bem alto: EU SOU ESCRITORA SIM! EU ESTOU COM MUITA RAIVA SIM! EU FUI UMA IDIOTA SIM!
Mas a vida dá muitas voltas. Pode não ser hoje nem amanhã, mas alcançarei meu sonho. Tenho absoluta certeza disso. Que pedras caiam, que chova granizo, que alguns achem bem feito o que aconteceu.
Não importa. Não importa o tempo que demore. Vou ter o que mereço, o que desejo e serei feliz. Com o osso gigante que me pertence e ninguém vai tirar.

Urgente! Esclarecimento!

Meus amigos, estou desde ontem meio que em estado de choque. 
Recebi por email da minha amiga Macá esse informe:




"A Câmara Brasileira do Livro, CBL, informa que autores brasileiros estão sendo abordados por uma ONG intitulada Pontes dos Sonhos que propõe traduzir e publicar livros no exterior.
A seguinte informação foi pinçada no site desta organização: "tivemos a idéia de criar um livro em que selecionaremos 100 textos de temas variados e transformaremos no livro Pontes dos Sonhos ( do Brasil para Frankfurt o melhor de nossa terra ) o livro será levado pelo stand da CBL e acompanhado pela diretora executiva Sarah Aniston".
Trata-se de uma afirmação mentirosa e cuja ação proposta é de total desconhecimento da CBL e de seus representantes legais. Somada à solicitação de depósito bancário proposto pela Pontes dos Sonhos, indicando as respectivas contas bancárias em nome de Izabelle Valladares e NGN Soluções, pode configurar fraude.
A CBL vai interpelar a organização Pontes dos Sonhos extra-judicialmente pelo uso indevido de sua sigla, além de assumir todas as demais atitudes jurídicas aplicáveis.


Câmara Brasileira do Livro"

Comecei a receber vários emails apontando que a suposta ONG que "iria" lançar antologias na Feira de Frankfurt, Guadalajara, na Espanha e para a qual eu tinha pago as taxas a cada obra minha (poema ou conto) aprovada, era falsa.


Peço desculpas aos meus amigos que colocaram meu link em seus blogs para que votassem em mim. Peço perdão aos amigos que tiveram o carinho de ir lá, votar no meu livro "fantasma" que agora sei que não existiria. Agradeço o carinho e a amizade que me dedicaram.Me sinto enganada, ludibriada e envergonhada por ter sido tão ingênua.
Mas muito mais que vergonha, estou entristecida. Por saber que existe gente que se aproveita da boa fé dos outros. Por eu e outra amiga, que participou também, demorarmos mais de um dia para acreditar que era tudo falso e mentiroso.
A gente não queria, não podia acreditar que alguém tivesse criado uma ong que não existia, feiras das quais não participariam, lançamentos que não estão agendados. Será que estávamos sonhando? Não era possível acreditar que a maldade humana chegasse a esse nível.
Fiz questão de colar aqui o email que enviei para a pessoa que estava à frente do projeto. Vocês, meus amigos são minhas testemunhas. Sabem quem sou e como sou. Meus amigos que me conhecem pessoalmente sabem que sou igual ao que escrevo aqui. Sem máscaras, verdadeira;
Vou continuar com meu sonho. Já encontrei obstáculos demais em meu caminho por essa vida. 
Continuo minha caminhada. Mais descrente nos seres humanos, é verdade, mas muito mais forte.
Segue abaixo  o email que enviei:


Izabelle, boa noite

Estou me desligando de todos os projetos do Pontes Culturais, visto que, até agora, nenhuma informação consistente chegou até mim. Pelo contrário, a cada minuto mais um email chega à minhas mãos mostrando o quão confuso está tudo. Editoras que não existem, projetos cancelados, noite de lançamento do Pontes 1 que não está agendada. Enfim, um caos.
Liguei para a Câmara Municipal de Niterói e ninguém sabia de lançamento algum. Me deram o telefone do Sr. Luna Freire que tb não soube me informar nada.
Peço que me desligue de todos os projetos que envolvam meu nome no Intercâmbio Pontes Culturais. Não quero que nenhuma obra minha participe de quaisquer desses projetos nos quais me inscrevi e paguei a taxa cobrada. Se é que existem.
Peço que retire minha obras, poemas e contos e também meu nome, se porventura algum livro já estiver pronto. O que, obviamente, após tantos desencontros e confusões, não creio que haja.
Como escritora e pessoa de boa fé me sinto  enganada e entristecida.
Espero que você consiga esclarecer tudo.
Sem mais,












Gloria Leão

Espero que ninguém tenha comprado nada na livraria virtual, que agora imagino, também seja fake.
Mais uma vez, peço desculpas por ter envolvido tantos amigos nessa estória lamentável.


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Enamoramento



Enamoramento. Enamorar-se. Palavra antiga, mas que quer dizer tanto...
Existe melhor momento na vida do que quando nos enamoramos?
Porque enamorar-se é o sentimento que vem antes da paixão, é aquele momento de encantamento em que estamos descobrindo o outro, o objeto que nos inspira esse encanto.
Ao olhar para dois jovens enamorados me vem uma saudade imensa desse sentimento que é doce e tórrido. Novo, mesmo depois de tantas vezes sentido. Único, a cada vez.
Sinto saudade desse enlevo do "deixar-se possuir de amor", segundo o dicionário.
É aquela fase em que vemos estrelas cadentes, fogos de artifício, pétalas caindo a cada beijo, olhares, mãos, bocas. Onde parecemos pousar em nuvens, nos afundando nelas como num sonho. Deliciosamente macias, quentes, envolventes.
Estamos decifrando o outro, bebendo cada sílaba, como se cada palavra fosse música, cada gesto, mágico.
Vi, ontem, diante de mim, uma cena assim. E é tão bonito isso do ser humano, essa constante reinvenção, esse contínuo renascer. Os sentimentos estão todos lá. Acabam por um lado, renascendo de outro.
Vida que continua, mesmo após decepções, desilusões, desamores.
E é essa a beleza do viver: Esse enamorar-se constante, por alguém, por uma ideia, por um ideal. Mesmo debaixo de escombros, mesmo que tudo pareça feio e morto, sempre nascerá e rebrotará uma flor.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sol em Virgem


 Ella Tjader


VIRGEM
23 de agosto a 22 de setembro
Mutável – Terra
“Eu Purifico” / “Eu Analiso”



"Para os virginianos, o eixo do universo é o trabalho e o aperfeiçoamento de suas ações. A mente controla a matéria. Deverão aprender que, embora o corpo possa servir a mente, esta finalmente deve servir ao espírito.
Nenhum detalhe da realidade lhe escapa: nem os bons nem os maus aspectos; percebe as mais ínfimas peças de uma engrenagem, dono de um talento inato para apontar o mecanismo defeituoso e atinar com a solução do problema.
São meticulosos em seu trabalho, prestam muita atenção aos detalhes e fazem tudo de maneira cuidadosa e eficiente. Gostam de obter a ordem da confusão. Para eles, a verdadeira aristocracia é a do trabalhador.
Os astros os dotam de um grande senso prático. Observador nato, não se cansa da aprender com os outros. Alcançar a perfeição é uma de suas metas. Rigorosamente analítico, está sempre tentando assimilar e aperfeiçoar as experiências.
São práticos e inteligentes para permitir que alguém os transforme em mártires. Senso de dever e direitos. Às vezes, existe uma visão estreita: podendo ser incapazes de falar sobre qualquer coisa que não seja o seu trabalho e seu cotidiano, e não se interessam por nada que não esteja relacionado a eles.
O virginiano é uma pessoa organizada, ou pelo menos voltado para algum tipo de rotina, é aquele que organiza, analisa, cataloga, separa, discrimina, vê os detalhes e os defeitos.
Sua visão é microscópica, não estão habituados a ter um significado global de uma questão. Numa alta vibração, eles aprendem a diferenciar, a separar o essencial do trivial. Sua evolução permite que sejam eruditos, críticos, perfeccionistas e exigentes. Também são criteriosos, hipocondríacos, têm mania de limpeza e arrumação.
Devem aprender a ser seletivos e imparciais na avaliação do próprio desempenho, bem como no dos outros. De natureza prestativa, coloca seu talento e capacidade de organização a serviço dos outros. Gosta de analisar o mundo. É amante da natureza e discreto. Eles são capazes de sacrifícios se acharem que seu trabalho vale a pena.
Devem atentar para o complexo de inferioridade inerente ao signo. Adoram regras, métodos, regulamentos, “instruções de usos”, “bulas de remédio”, formulários, receitas de bolo, listas de supermercado, gráficos, planilhas, manuais, quebra-cabeças, diagnósticos e trabalhos minuciosos.
Virgem rege também a saúde. A alimentação e a saúde são grandes preocupações do signo, nós somos aquilo que comemos. Gosta de ritualizar suas tarefas e obrigações. Precisam desenvolver a disciplina para estarem resistentes às doenças, pois não sendo assim, esgotam as energias do corpo com preocupações, irritações ou excesso de trabalho. Ao mesmo tempo são eficazes agentes de cura, exercendo influência positiva sobre os enfermos.
Gostam de artigos de qualidade, da rotina, conforto, ambiente funcional. São pessoas solícitas, que têm prazer em servir. Precisam aprender a não fazer fofocas e comentários negativos sobre as pessoas que se afastam de seu padrão particular de aparência e conduta.
O tempo parece viver em Virgem uma curiosa dança onde trocam de lugar seus três momentos, presente, passado e futuro. O passado contém a experiência; é, portanto, um dado valioso. O presente deve ser aprimorado - e essa tarefa, às vezes é levada a extremos, podem fazer com que os ponteiros do relógio corram muito e, assim, o presente transforma-se em passado antes de plenamente vivido. E o futuro torna-se presente antes de totalmente preparado"

Trechos retirados do blog http://panoramaastrologico.blogspot.com/2009/02/signo-de-virgem-todo-dia-ela-faz-tudo.html

Foi a primeira vez que li a descrição do meu signo acertando tanto. Será que vocês que já me conhecem bastante, me reconhecem nessa descrição?
O Sol entrou no meu signo ontem, resolvi falar sobre isso, primeiro porque achei esse desenho lindo e segundo porque li em algum outro blog que não lembro agora, que essa semana para os virginianos é uma semana que vai render muito em criatividade. Então eu, a cética, vou meter a cara nos meus escrevinhamentos, que não sou boba nem nada. Vou aproveitar minha maré de sorte.
Como disse minha amiga Izabel Viegas, tenho ascendente em Leão (brava, eu acho) e lua em Câncer (doce, como ela diz). Então sou brava e doce, segundo ela...luto pelo que desejo com garras e dentes, mas sei dar a patinha desde que não seja pro domador. Detesto que mandem ou tentem me domar.
Até daqui a pouco...madrugada, cansada, escrevi o dia todo...
Miau pra vocês!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pensando e Filosofando Com Minha Amiga Beth e um Café do Lado...



Acabei de ler um texto que minha amiga Beth do Mãe Gaia me mandou, do teólogo Rubem Alves em que, entre outras coisas, ele fala que "pensar é algo muito perigoso"...Hoje à tarde, lendo um trecho do meu segundo livro pra Beth começamos a falar sobre filosofia e religião e aí a Beth me sugeriu: "Glorinha, escreve sobre isso que estamos conversando..."
Pois bem, resolvi escrever o que conversamos, nem me lembro de tudo, mas foi mais ou menos assim:
Ela me disse que sente uma certa aflição ao pensar que eu não creio em nada. E me falou isso, porque ela também foi deixando de crer em um monte de coisas que vamos incorporando à nossa vida, sem nos questionarmos muito sobre o porque delas fazerem parte de nossa existência, como calçar um sapato de manhã ou escovar os dentes. Mas enquanto minha amiga quer ver deus na natureza, ou acha que a natureza é deus, eu já penso que a natureza é. Simplesmente é. Só natureza e nada mais, aliás, lindamente, maravilhosamente, mas ela é.
Pois é aí, justamente que quero chegar: Certas coisas são tão coladas em nós, em nossos pensamentos, que não podemos admitir a hipótese de viver sem aquilo. Sem aquele pensamento, sem aquela pessoa, sem aquele jeito de continuar todos os dias a calçar o mesmo sapato e a escovar os dentes, maquinalmente, sem lembrar ou pensar no ato em si.
Assim são as crenças, as religiões, repetições de algo que nossa mente apreendeu, talvez ainda no útero e foi, de tal forma incorporada ao nosso viver, que não nos imaginamos sem aquilo, sem aquela crença, sem aquele pensamento e aí, surge o perigo: Paramos de pensar. Pensar passa a ser perigoso. Repetimos, repetimos, continuamos a repetir pela vida a fora o mesmo que ouvimos de nossos avós, de nossos pais e, então, sem sentir, vamos repetindo aquilo, do mesmo jeitinho para nossos filhos e netos...sem pensar, feito autômatos. Os mesmos pensamentos, os mesmos gestos.
E isso não acontece somente com as religiões, acontece com a maioria das coisas mais complicadas, ou que mexem muito conosco. Vamos colocando em um compartimento, em uma gavetinha e pensando: Não vou pensar nisso agora, depois decido...Ou ah, não! isso vai me dar um nó na cabeça, vou pensar numa  coisa mais fácil. E como sempre foi assim, foi-nos passado assim, continuamos a repetir o mais fácil, e sem parar para pensar muito nisso. Ou não pensando nada sobre isso.

A Beth me perguntou: "Glorinha, a gente quando não crê em nada não vai ficando concreto demais?" Acho que ela queria me dizer que ao ficar racional demais, o ser humano perde seu lado mágico, seu lado místico.
Eu disse a ela que não. Eu não acho que eu seja uma pessoa concreta nem racional demais. Pelo contrário, tenho um lado racional sim, mas meu lado mágico é enorme, não fosse eu uma escrevinhadora. Eu preciso da magia, da imaginação para criar. Sem ela, sem a sensação do inimaginável, do impalpável, como conseguiria viajar nos tapetes do sonho?
O ser humano talvez (eu digo talvez porque não sabemos se outro animal tem essa noção) seja o único animal que sabe, desde que nasce que está morrendo e que, um dia irá acabar. Pelo menos até onde sabemos, nenhum outro ser vivente tem essa noção de sua finitude. Imagino que deva ser terrível  para alguns, imaginar que simplesmente somos. Somos e só somos. Nada nos espera do outro lado. Não há outro lado. Aliás não há sequer lado, visto que só há um. Tudo acontece porque tem que ser assim. Porque é assim. Imagino que a maioria dos homens precisem dessa sensação de conforto que a crença lhes dá.
Estou filosofando? Pode ser...mas nós falamos muito mais do que isso que estou escrevendo aqui. E ela me perguntou novamente: "Mas então porque todas as culturas, desde sempre, precisam acreditar em deuses?" Justamente por isso, para sentirem-se confortáveis, amparados. Medo da solidão da finitude. Medo de não serem nada além do que são.
Logo depois falei com uma amiga querida que mora em São Paulo e com quem não falava há tempos e conversávamos sobre a menopausa e sobre a chegada à maturidade e seus desconfortos físicos. E ela me disse que outro dia, ao conversar com uma amiga sobre isso, elas falavam sobre como é ruim chegar à menopausa.
Eu disse a ela que não achei não. Eu sou muito mais feliz hoje com tudo o que conheço de mim, com a aceitação do meu corpo, das minhas rugas. Eu hoje me entendo, me aceito, tenho mais cuidado para não magoar ( coisa que nem sempre consigo), sou muito mais plena. Acho a natureza injusta com a mulher ao lhe causar tantos desconfortos físicos numa fase tão bonita de nossa vida.
Eu entendo a menopausa assim. Mas a maioria das pessoas a vê, como nossas avós a viam: perda da libido, ressecamento vaginal, pele flácida, calores. Porque? Porque não pensam, não refletem, não se procuram, negam-se a se enxergar.
O desconforto existe, mas ele é um diminuto detalhe diante da magnitude dessa fase da vida.
E aí, depois dessa volta toda, vamos à frase que citei no início do post: "Pensar é perigoso". Para algumas pessoas é. Extremamente perigoso. Porque pensar dá trabalho, pensar nos move, nos faz sair de uma posição cômoda para fora e ao mesmo tempo, para dentro de nós, mexer em feridas, cutucar o que ainda dói. Escarafunchar o que estava lá plácido e sereno e, praticamente morto. Ou inquestionável e irremovível.
Mas, uma coisa eu lhes digo: Pensar é deixar de repetir um gesto ou um pensamento que usamos pela vida inteira, como um sapato velho. Pensar é parar para pensar porque repito aquele gesto ou aquele pensamento. Alguns podem chegar à conclusão que devem continuar repetindo, pois é nisso que acreditam. Outros, como eu, chegam às conclusões a que cheguei.
Pensar pode ser perigoso sim, porque pode nos fazer mudar de ideia.

domingo, 22 de agosto de 2010

Uma Tarde Inesquecível!


Ontem foi um dia de encontros.
Encontros com amigas blogueiras de quem já gostava, mas aprendi a amar.
Tarde deliciosa, de muitas conversas atropeladas pela ânsia de conhecer, saber mais, aprender.
Inesquecível tarde de um sábado atipicamente quente e lindamente enfeitado por um céu azul e um sol de inverno.
Praça XV, Rio de Janeiro, Brasil.
Amigas que se tocaram, que se enxergaram e viram que somos muito mais que carne, osso, sorrisos, abraços: somos almas afins que se encontraram nesse universo imenso e intocável da blogosfera.
Perceber que as pessoas são muito melhores do que nos parecem ser pelos blogs é, não só uma dádiva, mas um privilégio.
Participaram do nosso encontro:


Terminei a tarde que pareceu tão curta e com gosto de quero mais, visitando a exposição de desenhos, telas e aquarelas em comemoração aos 120 anos de Anita Malfatti e da Expedição de Langsdorff que percorreu o Brasil do Rio de Janeiro à Amazônia de 1821 a 1829, com artistas como Rugendas, Florence e Taunay, no CCBB. Eu, maridon e Beth, minha amiga e companheira de todas as horas. Já estamos praticamente "casadas" né, Web Mana? hehe
Dois programas imperdíveis para fazer no Rio de Janeiro.

Mas, voltando ao nosso encontro: Meninas, adorei conhecer vocês pessoalmente. E que outros encontros entre nós se repitam.
Um grande, enorme beijo às minhas amigas, agora, de alma.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um Café com Flores.


Hoje fiquei exaurida com a blogagem. Talvez tenha sido a que mais mexeu comigo por dentro.
Estou cansada demais, com dor de cabeça, mas não podia deixar de contar para vocês o que senti hoje.
Comecei o dia chorando de rir com o post do Alexandre, recebi comentários carinhosíssimos dos meus amigos. Depois chorei demais com o post da minha doce e sábia amiga Cris França e com o da querida Eliane.
Mas, o que mexeu realmente com meus sentimentos, foi constatar que esse tipo de blogagem tem feito verdadeiras catarses. Sentimentos ocultos, alguns que eram inconfessáveis, que doíam, e estavam escondidos dentro, no mais fundo de algumas pessoas e afluíram, vieram com força, saíram em cascatas.
Ao ler alguns "depoimentos"  chorei, chorei muito por ver como a blogagem tem ajudado, não só à mim, mas a tantos outros. Comecei a enxergar isso como uma espécie de tarefa ou, se preferirem "missão".
Fiquei emocionada demais ao sentir, que minha larva virou borboleta e que ao borboletear por aí, outras borboletas foram saindo dos casulos e se mostrando sem medo, sem culpas. Dei eu o exemplo? Não sei...posso ter ajudado ao me expor tanto, mas os casulos foram sendo deixados para trás, e isso, ninguém obriga ninguém a fazer.
Como explicar em palavras o que estou sentindo? Até minha filha se expôs aqui hoje e tem se exposto, ela que é mais fechada que eu para falar de seus sentimentos.
Vocês não fazem ideia do quanto essa tomada de consciência hoje foi forte em mim. Do quanto está sendo bom, enriquecedor trocar tantos sentimentos entre nós. Ver tantas vidas expostas, ali, inteiras, se entregando, dividindo conosco suas dores, sofrimentos, incertezas.
Posso não ser terapeuta, mas sei de mim. E hoje sinto esse cansaço de alma plena. Um choro contido, um bolo na garganta de emoção, como se sentisse que meu dever está sendo cumprido.
Estou dando minha mão a quem quiser me dar a sua...E tem sido tantas as mãos estendidas na minha direção! Algumas, precisando de carinho e afeto mais que eu...outras precisando de um afago, de uma luz, uma esperança. Outras, precisando mudar o foco, como eu mudei o meu.
Hoje chorei de rir, chorei de emoção, chorei por sentir que estou sendo ajudada e ajudando.
Sentir. Ser. Aceitar. Acarinhar. Amar.
Isso é o que todos nós temos feito aqui, às sextas feiras.
Hoje meu Café com Flores vai para todos os meus amigos que mostraram com sua coragem que ao dividirmos, somamos.
Beijos a todos! Um Fim de Semana Feliz!

Blogagem Coletiva - Autoestima/Amor Próprio


Vou confessar uma coisa a vocês: Autoestima nunca foi meu forte. Pode até parecer que estou inventando, mas é a mais pura verdade.
Não sei se foi a maneira como fui educada, mas, durante minha vida quase toda, eu sempre arranjava um jeito de me menosprezar. Chamava atenção para os meus defeitos. Para as gordurinhas que me incomodavam. Para o meu nariz de "judia ou italiana", para minha maneira de ser...Enfim, eu me diminuía na frente de todo mundo. E isso dava a chance "daquelas amigas" caírem com paus e pedras e aproveitarem a deixa para me colocarem mais para baixo ainda. Mas nunca me fiz de vítima. Ria e debochava de mim mesma, mas no íntimo, minha autoestima andava lá no pé.
Com a idade e o autoconhecimento, muitas reflexões e "autoterapia bloguística", fui melhorando. Hoje em dia já sei no que sou boa e no que não sou. E não me envergonho de falar de mim ou do que acho bacana no meu jeito de ser.
Tampouco meu corpo me incomoda mais. Aprendi a aceitá-lo, a viver bem com ele do jeito que ficou com a idade, filhos etc.
Já fui complexada com minhas celulites, estrias e defeitinhos que toda mulher tem ou adquire. Hoje não. E meu marido foi uma pessoa que sempre colocou minha autoestima lá em cima, nunca achou que eu estivesse gorda ou feia, ou com os "defeitos" que eu achava que tinha. Pelo contrário, sempre elevou a imagem que eu tinha de mim mesma. Embora nem sempre eu me convencesse disso.
Mas eu vejo cada coisa por aí...
Convenhamos! Nem 8 nem 80!
Tem gente, que além de não se "enxergar", e fazer todo o tempo propaganda de si mesma, do tipo: Eu sou assim, eu sou o máximo, eu sou maravilhosa, eu não tenho defeitos, etc, etc, ainda acha que tem que mostrar ao mundo as suas qualidades, digamos assim, estéticas. O Brasil é um dos países em que as mulheres tem a autoestima mais elevada. Seja a gorda baranguda que usa minissaia com a barriga caindo por cima do cós, ou na praia, com um fio dental enfiado na sua bundona mais esburacada que a estrada do rali  Paris/ Dakar, seja a gostosona siliconada dos desfiles do carnaval, nua em pelo, mostrando ao resto do planeta porque as brasileiras tem má fama mundo a fora. E no mundo dos blogs? Valha-me deus se eu acreditasse nele! Tem as que colocam fotos suas de frente, de costas, de lado, de cabeça pra baixo...Hellouuuu!!!! Em vez de blog vira book de ator/modelo/manequim. Será que alguma pretende ser eleita Miss  Blog ou algo que o valha? Quem sabe a blogueira mais bonita do Brasil? Ou a mais fotogênica? Ui...Vai ter autoestima elevada assim na  tonga da mironga (homenagem ao poetinha Vinícius, embaixador novamente...).
Tem gente em que a autoestima vira narcisismo, e aí, já beira as raias da loucura. E aí, só Jung ou Freud.
Tenho visto isso demais nos blogs por aí...Onde as pessoas não tem nada a dizer, a não ser: Olhem como sou bonita! Vejam como sou linda! E muitas realmente são. Outras precisavam de um espelho em casa, mas peraí, precisa fazer um blog pra isso? E tome de fotinho com o filho, com o marido, com o irmão, com a empregada, de vestido de noite, de traje típico...parece até desfile de miss...só falta dizer que seu livro favorito é O Pequeno Príncipe...
Quem sou eu pra julgar alguém...longe de mim! Estou dando simplesmente minha opinião, as pessoas colocam nos blogs delas o que elas quiserem e lê ou visita quem quer...Eu não, sinto muito, mas esse tipo de gente não tem nada em comum comigo e estamos em dials totalmente diferentes. Podem até ser pessoas legais, gente boa mesmo, mas não combinam com meu jeito, não estão na mesma sintonia em que estou. E, aliás, nunca estive. Colocar uma vez ou outra uma foto da gente num evento, numa festa, tudo bem, até eu faço isso. O que me deixa estupefacta (eita palavrinha velha, sô...) é o exibicionismo, a autoestima lá nas grimpas do Everest.
Mas tenho observado bastante e conhecido muita gente sem o tal de Simancol. Que não vende em farmácias e que, se vendesse, certamente, nenhuma delas tomaria se um médico prescrevesse.
Auto estima, como tudo na vida, tem que ser na medida certa. Mas em tempos de egoísmo e autocentrismo exacerbado, o que vemos por aí, pelas andanças pela vida e pelos blogs, é cada coisa que eu ainda não sei se sinto pena ou vergonha alheia. Sabe aquela vergonha pelo mico dos outros? Pois é, às vezes sinto sim.


Alguém tem dúvida de que essas mulheres aí, estão se achando lindas com seus peitos de plástico descomunais e que elas deviam se sentir muito infelizes e com baixa autoestima antes de colocar essas melancias no lugar dos seios?
Eu não. Acho que elas estão se achando o máximo. As gostosas, as lindonas. Várias delas devem fazer filmes pornô...aí é que o exibicionismo vira doideira mesmo.
E o Brasil está virando uma fábrica de bonecas Barbie turbinadas...daqui a milhões de anos, os cientistas e arqueólogos acharão, dentre os escombros da nossa civilização, um monte de silicone em formatos variados em vez de ossos e vasilhames de cerâmica.
Triste civilização essa nossa, onde a estética, o modismo, a ânsia por sucesso a qualquer preço, está fazendo com que as pessoas se esvaziem de alma e inflem seus egos com pedaços de plástico, como se isso lhes tornasse seres humanos melhores.
Nada contra quem coloca silicone. Se isso melhorar sua auto imagem, se a pessoa se sentir feliz assim, que coloque. Eu não colocaria, a não ser em caso de doença ou se fosse uma tábua sem peitos e não gostasse de ser assim. O que me incomoda é o modismo e o exagero.
E a anorexia? Que nada mais é do que uma autoestima tão baixa que faz a pessoa ser escrava de um padrão estético que só existe na cabeça dela. É triste, é doença, tem que ser tratada e pode matar.
Outra doença do nosso tempo, onde o padrão estético tem que ser o que vem de fora. Quando o que importa é o que se tem dentro.
Agora, olhem essa modelo. Linda! Gordinha assumidérrima. Eu trocava fácil meus 59 kg pelos 80 dela se viesse com esse rosto lindo junto...
Taí, admiro a autoestima dela.

Outra lindona! Gente, além de linda, sexy...e que olhos. Quem vai reparar se ela tem barriga ou celulite? Só nós, as mulheres, que ficamos procurando defeitos nas outras, com uma lente de aumento, feito um Poirot de saias, só pra nos sentirmos bem na nossa própria pele...E ainda tem gente que diz que não sente inveja...Eu sinto, queria ser umas dessas gordinhas lindonas aí...

Agora, tem gente que me irrita. Não se enxerga nem na frente de um espelho...e aí não falo de beleza, mas de se auto conhecer mesmo.
Conheço zilhões de pessoas que acham que não fazem isso ou aquilo, criticam quem faz e não conseguem ver que elas fazem, a mesma coisa, o tempo todo. E justamente o que criticam no outro.
Claro que todo mundo de vez em quando faz isso, mas tem gente que não tem autocrítica nenhuma. Zero!
Ter autoestima, na medida é, não só bom, como desejável.
Ela nos impulsiona a alcançar nossos objetivos. Se a gente não acredita em nós mesmos, quem há de? Como falar mal da gente mesmo, o tempo todo e querer que gostem de nós? Isso até espanta quem se aproxima. Mesmo os que falam mal de si só querendo elogios. Esses são uns chatos, uns narcisos enrustidos que se escondem atrás da pose de "humildes" (odeio essa palavra), de modestos, mas no fundo querem é ser elogiados, paparicados. Detesto quem é assim, me dá nos nervos. E mal sabem eles que também afastam as pessoas, por que ninguém é bobo de ver que aquela falsa modéstia é pura pose.


Autoconfiança, acreditar em si mesmo, botar fé em suas convicções, isso é ótimo! Isso nos faz crescer como pessoas, nos faz acreditar em nossos sonhos, nos faz crer que podemos sim. Mesmo que as pedras pelo caminho sejam do tamanho dessa, daí de cima.
E olhem que sei do que estou falando! Carregar pedras, segurá-las, empurrá-las, transpô-las... a vida é assim. Poucos são os que nunca encontraram obstáculos pelo caminho sejam eles pedregulhos ou pequenos seixos, que às vezes nos desviam de nossa rota.
Mas, como dizem os budistas, tudo em exagero é ruim. O caminho bom é o caminho do meio. Em tudo na vida. Nem sempre conseguimos, mas nessa hora é bom ter aquele amigo, espécie de alter ego, para nos dar um toque. O problema é não enxergarmos quando ele nos toca de leve, com medo de nos magoar. Ou não querer ver o que ele tenta nos dizer.
Nessas horas, só um filho pra nos dizer na lata, com a sinceridade que só admitimos neles: Se Toca Mãe! (para quem não é brasileiro, essa gíria "se toca" significa: se enxerga!)
Agora, uma coisa eu tenho que reconhecer: vocês meus amigos,( mas aqui me dirijo aos MEUS amigos, àqueles sinceros, que gostam de mim assim, do jeito que sou, descacetada, malaguetona, ardida, ácida, descarada e sincericida ) foram responsáveis por ter retomado minha autoestima. Meu blog me fez redescobrir minha auto confiança. Sem exibicionismo, com alguma arrogância às vezes, que não sou de ferro, com seus comentários cheios de carinho e elogios. Vocês são bastante responsáveis, junto com meu blog pelo meu renascer como escritora. Carinho que recebo aqui, em doses diárias e que são o maior afago no meu ego necessitado e nem tão auto confiante assim, como às vezes pareço ser.

Algumas frases que pincei:

"Antes eu era vaidoso, agora sou perfeito." - Anônimo


"Vaidade é o orgulho dos outros". -  Sacha Guitry ator e dramaturgo russo.


"Nossa maior ilusão é acreditar que somos o que pensamos ser". - Henri Amiel - escritor suíço


" Eu me amo mas não sou correspondido". - anônimo


" Se você pensa que não tem falhas, isso já é uma". - anônimo


"O problema com o mundo é que os idiotas são seguros e os inteligentes são cheios de dúvidas". - Bertrand Russel - filósofo e matemático


Ei você, com seu ego super inflado ou você aí, com tamanha falta de amor próprio que se acha um lixo: já se olhou no espelho hoje? Vai lá e se olha, diante do espelho, dentro de seus olhos e responda a você mesmo: Como ando me comportando ultimamente? Ando precisando baixar a bola ou minha bola anda mais murcha do que maracujá de gaveta?
Seja qual for a resposta, faça o que tiver de fazer para ser feliz. Mas não se esqueça: pelo Meio, sempre pelo Meio...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tentando Escrever.

Desde sempre, trago dentro de mim a escrita. Talvez fosse o que meu pai, no íntimo, desejou fazer e não pode.
Nesses últimos tempos tenho pensado muito em meu pai. E acho que mais que tudo, é esse pensamento que tem me impulsionado a buscar e realizar o que sempre quis.
Só que ao sonhar em escrever livros, imaginava que poderia me dar ao prazer de sentar em frente ao computador e escrever durante horas, só me levantando da frente da tela, quando quisesse ou estivesse cansada. Imaginava, romanticamente, que eu ficaria sentada escrevendo e criando asas, enquanto o mundo lá fora pararia em respeito à minha inspiração.
Mas não, minha batalha tem sido dura e como diz uma amiga: é a luta do leão com o bode. Só, que nesse caso, não sou a "leoa", sou o bode...
Sento, escrevo 10 minutos, começa meu celular com a "tal tortura psicológica". São cinco, dez, vinte ligações seguidas. Recados, mensagens. Tenho vontade de jogar essa joça lá no meio da rua. Não atendo, não posso atender.
Aí, começa o telefone fixo: mil recados na secretária.Escuto, se for amigo atendo, se não, deixo tocar. Levanto, roupa para colocar na máquina, passadeira vem sexta feira.
Sento, mais dez minutos de alívio. Viajo, voo, entro em transe. E o telefone novamente. Maldito Grahan Bell!
Me lembro que tenho que tirar a roupa da máquina. Levanto, penduro tudo nos varais lá no deck, pois é o único lugar onde bate sol nessa época aqui dentro da Mata Atlântica. Subo as escadas, coloco mais roupas na máquina.
Sento novamente, mais trinta minutos, novas roupas para pendurar. Mensagem no celular.
Se ainda fosse notícia boa!
Mas não, só pauleira...e lá vou eu, fazer o jantar. Quase não almoço, agora que fico sozinha o dia todo. Assim me sobra mais tempo pra escrever. Olho meu blog, quando dá visito um ou outro, respondo.
Leio os e mails. Respondo. Às vezes não. Pesquiso. Mil livros em volta de mim, papéis, anotações. Cadê aquilo que anotei ontem? É importante colocar isso nesse capítulo...perdi! Cachorros precisam descer, fazer número um e número 2.
Voltei...ai, que cansada...
Abro o word, volto pro meu livro. Pego o trem para as estrelas, lá vou eu de novo...
Quando estou lá, chorando, em carne viva, telefone toca, às vezes os dois aos mesmo tempo.
Será possível? Quem foi que disse que escritor escreve doze horas por dia em paz e sossego? Alguém que não conhece o que é ser mulher, mãe, esposa, não tem empregada, nem faxineira, mora num casarão e tem três cachorros do tamanho de pôneis.
Ah! Que inveja eu tenho desses escritores que nas entrevistas dizem com a maior pompa: Tenho um ritual, escrevo de tanto a tantas horas religiosamente, todos os dias. Não gosto de ser interrompido. Dou ordens para não ser chamado. Ha! Dá vontade de gritar quando ouço isso: Também querooooo!!!!!!
Eu, se contar, escrevo duas horas por dia, no máximo. Como conciliar, uma viagem no tempo, lá onde se passa a minha estória, com esse tempo de agora, me jogando baldes de água fria o tempo inteiro, me jogando na parede, me confrontando com a vida dura e real que tenho vivido?
Cadê meu pai pra me proteger de tudo isso? Cadê minha mãe pra me dar um copo de leite, pra cuidar de mim.? Onde será que foi parar minha paz?

Noite de Simpatia e Autógrafos.

Calma pessoal, não foi a minha...ainda! Aguardem...Em breve vocês terão um legítimo Glorinha Leão com vocês.
Hoje (ontem, porque já passou de meia noite) fui à noite de autógrafos do livro Pandemonium do fotógrafo e escritor Zeca Fonseca, na Livraria Argumento, no Leblon.
Noite de autógrafos é uma delícia, mas confesso que fui meio com medo. Fiquei pensando: Ui, vai ter um monte de "famosos", gente metida, atores globais. Mas não, não tinha nada disso. O que tinha era gente simpática e calorosa e, pra variar, encontramos com duas conhecidas de Niterói.
É impressionante, aonde quer que se vá, em qualquer evento, há alguém de Niterói. Mas também, Niterói é um celeiro de artistas, em todas as esferas. Verdade de quem pode falar porque nem é niteroiense. Sou carioca da gema e só adotei Niterói como minha cidade porque ela me adotou primeiro. E aí não teve mais volta, nosso caso de amor, dura 26 anos.
Mas voltemos ao livro e à noite.
Para quem não sabe, e é inevitável dizer, o Zeca é filho do escritor Rubem Fonseca. Acho isso meio chato, parece que estou desmerendo o cara, fazendo esse tipo de apresentação. Mas até o Jô ontem, no programa dele, ficou falando sobre o Rubem, que é considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira, então estou desculpada.O Zeca é fotógrafo, já trabalhou em vários jornais e lançou seu primeiro livro,
O Adorador, em 2007.
A Bia, mulher do Zeca e editora do livro, que está conosco na foto, é uma graça, super simpática. Esse é o primeiro livro da Faces, uma nova editora com uma proposta muito legal e ideias arrojadas.
O Zeca é um cara encantador. Sabe alguém que a gente bate o olho e vira amiga de infância? Pois é, foi essa a impressão que tive. Cara simpático e carinhoso o Zeca. Gostei dele de graça!
Vou começar a ler Pandemonium amanhã mesmo, porque hoje tenho que terminar as últimas páginas do livro que comecei ontem e só falta um tiquinho pra terminar: A Chave de Casa da Tatiana Salem Levy. Nem preciso dizer que eu devorei o livro dela...comecei ontem e quase, por muito pouco não terminei ontem mesmo. Achei o livro sensacional, bem escrito, com uma estória que nos enreda e impressiona pela pouca idade da autora, que quando o escreveu devia ter uns 26 ou 27 anos.
Sucesso pro Zeca e pra Bia!
Depois eu faço minha resenha do Pandemonium  pra vocês.
Boa noite, amigos queridos, vou terminar de ler A Chave de Casa.