segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pensando e Filosofando Com Minha Amiga Beth e um Café do Lado...



Acabei de ler um texto que minha amiga Beth do Mãe Gaia me mandou, do teólogo Rubem Alves em que, entre outras coisas, ele fala que "pensar é algo muito perigoso"...Hoje à tarde, lendo um trecho do meu segundo livro pra Beth começamos a falar sobre filosofia e religião e aí a Beth me sugeriu: "Glorinha, escreve sobre isso que estamos conversando..."
Pois bem, resolvi escrever o que conversamos, nem me lembro de tudo, mas foi mais ou menos assim:
Ela me disse que sente uma certa aflição ao pensar que eu não creio em nada. E me falou isso, porque ela também foi deixando de crer em um monte de coisas que vamos incorporando à nossa vida, sem nos questionarmos muito sobre o porque delas fazerem parte de nossa existência, como calçar um sapato de manhã ou escovar os dentes. Mas enquanto minha amiga quer ver deus na natureza, ou acha que a natureza é deus, eu já penso que a natureza é. Simplesmente é. Só natureza e nada mais, aliás, lindamente, maravilhosamente, mas ela é.
Pois é aí, justamente que quero chegar: Certas coisas são tão coladas em nós, em nossos pensamentos, que não podemos admitir a hipótese de viver sem aquilo. Sem aquele pensamento, sem aquela pessoa, sem aquele jeito de continuar todos os dias a calçar o mesmo sapato e a escovar os dentes, maquinalmente, sem lembrar ou pensar no ato em si.
Assim são as crenças, as religiões, repetições de algo que nossa mente apreendeu, talvez ainda no útero e foi, de tal forma incorporada ao nosso viver, que não nos imaginamos sem aquilo, sem aquela crença, sem aquele pensamento e aí, surge o perigo: Paramos de pensar. Pensar passa a ser perigoso. Repetimos, repetimos, continuamos a repetir pela vida a fora o mesmo que ouvimos de nossos avós, de nossos pais e, então, sem sentir, vamos repetindo aquilo, do mesmo jeitinho para nossos filhos e netos...sem pensar, feito autômatos. Os mesmos pensamentos, os mesmos gestos.
E isso não acontece somente com as religiões, acontece com a maioria das coisas mais complicadas, ou que mexem muito conosco. Vamos colocando em um compartimento, em uma gavetinha e pensando: Não vou pensar nisso agora, depois decido...Ou ah, não! isso vai me dar um nó na cabeça, vou pensar numa  coisa mais fácil. E como sempre foi assim, foi-nos passado assim, continuamos a repetir o mais fácil, e sem parar para pensar muito nisso. Ou não pensando nada sobre isso.

A Beth me perguntou: "Glorinha, a gente quando não crê em nada não vai ficando concreto demais?" Acho que ela queria me dizer que ao ficar racional demais, o ser humano perde seu lado mágico, seu lado místico.
Eu disse a ela que não. Eu não acho que eu seja uma pessoa concreta nem racional demais. Pelo contrário, tenho um lado racional sim, mas meu lado mágico é enorme, não fosse eu uma escrevinhadora. Eu preciso da magia, da imaginação para criar. Sem ela, sem a sensação do inimaginável, do impalpável, como conseguiria viajar nos tapetes do sonho?
O ser humano talvez (eu digo talvez porque não sabemos se outro animal tem essa noção) seja o único animal que sabe, desde que nasce que está morrendo e que, um dia irá acabar. Pelo menos até onde sabemos, nenhum outro ser vivente tem essa noção de sua finitude. Imagino que deva ser terrível  para alguns, imaginar que simplesmente somos. Somos e só somos. Nada nos espera do outro lado. Não há outro lado. Aliás não há sequer lado, visto que só há um. Tudo acontece porque tem que ser assim. Porque é assim. Imagino que a maioria dos homens precisem dessa sensação de conforto que a crença lhes dá.
Estou filosofando? Pode ser...mas nós falamos muito mais do que isso que estou escrevendo aqui. E ela me perguntou novamente: "Mas então porque todas as culturas, desde sempre, precisam acreditar em deuses?" Justamente por isso, para sentirem-se confortáveis, amparados. Medo da solidão da finitude. Medo de não serem nada além do que são.
Logo depois falei com uma amiga querida que mora em São Paulo e com quem não falava há tempos e conversávamos sobre a menopausa e sobre a chegada à maturidade e seus desconfortos físicos. E ela me disse que outro dia, ao conversar com uma amiga sobre isso, elas falavam sobre como é ruim chegar à menopausa.
Eu disse a ela que não achei não. Eu sou muito mais feliz hoje com tudo o que conheço de mim, com a aceitação do meu corpo, das minhas rugas. Eu hoje me entendo, me aceito, tenho mais cuidado para não magoar ( coisa que nem sempre consigo), sou muito mais plena. Acho a natureza injusta com a mulher ao lhe causar tantos desconfortos físicos numa fase tão bonita de nossa vida.
Eu entendo a menopausa assim. Mas a maioria das pessoas a vê, como nossas avós a viam: perda da libido, ressecamento vaginal, pele flácida, calores. Porque? Porque não pensam, não refletem, não se procuram, negam-se a se enxergar.
O desconforto existe, mas ele é um diminuto detalhe diante da magnitude dessa fase da vida.
E aí, depois dessa volta toda, vamos à frase que citei no início do post: "Pensar é perigoso". Para algumas pessoas é. Extremamente perigoso. Porque pensar dá trabalho, pensar nos move, nos faz sair de uma posição cômoda para fora e ao mesmo tempo, para dentro de nós, mexer em feridas, cutucar o que ainda dói. Escarafunchar o que estava lá plácido e sereno e, praticamente morto. Ou inquestionável e irremovível.
Mas, uma coisa eu lhes digo: Pensar é deixar de repetir um gesto ou um pensamento que usamos pela vida inteira, como um sapato velho. Pensar é parar para pensar porque repito aquele gesto ou aquele pensamento. Alguns podem chegar à conclusão que devem continuar repetindo, pois é nisso que acreditam. Outros, como eu, chegam às conclusões a que cheguei.
Pensar pode ser perigoso sim, porque pode nos fazer mudar de ideia.

38 comentários:

MERU SAMI disse...

Oi, menina!
Eu que sou extremamente religiosa lhe digo, ah, como seria bom se muitos dos que se dizem religiosos tivessem a metade de tua fé e compreesão
Tudo o que nós mortais fazemos nada mais é que nomear as coisas, e cada um dá o nome que acha mais bonitinho, mas no cerne é tudo uma coisa só.
Para minha pequena visão, você é um ser humano profundo e, lhe garanto, se não visse magia, flôres ou outro nome qualquer em você não me daria ao trabalho de ler e comentar o que expressa a sua forma de ver a verdade, que é uma só para todos , chamemos do que quisermos chamá-la.

Fabuloso, tomara que quem ler entenda de verdade!

Beijos

Tati disse...

Nossa, Glorinha! Adorei, apesar de concordar com algumas partes. É que pensar e questionar é meu vício incorrigível, mas minhas conclusões vão por caminhos diferentes das suas, e isso é inerente ao pensar livre. Cada um segue seu caminho e sua lógica de pensamento.
Não sei o que seria de mim sem o pensar. Tem fases em que me canso tanto que dou uma tregua. Finjo que não sou assim, para vir à superfície e respirar. Mas é só tomar um fôlego e mergulho de novo. O Vi, que não é nada questionador, às vezes fala: É ruim ser assim, por que você fica triste". Mas eu não acho. Eu fico melancólica, sim, muitas vezes. Mas sou um ser pensante, e me orgulho disso. Não gostaria de ser uma ovelha, que repete convenções. Odeio convenções e ideias prontas.
Maravilhoso texto, e como sempre, muito bem escrito!!! (e meu comentário, um testamento, para variar...)Beijos.

Manuela Freitas disse...

Olá querida Glorinha,
Que excelente divagação, que incidindo na crença, vai muito mais longe do que isso.
A tua forma de ver a crença e de estar na vida é muito similar à minha. Na minha vida não está Deus como algo que me mobilize, que me possa ajudar, houve milhões de pessoas que ele podia ter ajudado e não ajudou, mas para chegar aqui pensei muito. Considero que há um mistério, um grande mistério inexplicável! Parece-me que nas tuas ideias há muito de sartriano.
Muitos beijinhos,
admiro-te muito.
Manú

Luma Rosa disse...

Glorinha, este assunto é extremamente difícil porque por mais que se converse, nada poderá mudar a maneira do outro pensar. A fé por não ser algo palpável, assim como alguns sentimentos, as mudanças acontecem porque as pessoas querem. Talvez seja "comodo" demais acreditar em um Deus, que teve que se travestir de homem para que a crença fosse espalhada. Este mesmo Deus, que seja católico ou protestante, não será igual para pessoas diferentes, cada pessoa pensa em seu Deus de maneira diferente, porque sente diferente. Eu acredito em um Deus Cósmico que criou tudo, mas a bíblia li como forma de literatura. Se acredito neste Deus? Respeito e por vezes me pego falando dele, mas não como um ranço de educação, mas que é confortável ter uma fonte de blasfêmia, portanto, acredito no meu Deus Cósmico, este que está dentro de mim e acredito no Deus Divino, este que popularmente conhecemos. Deus é essa chama que você carrega dentro de si e te faz sentir viva!!

Não vi o blogue da Claudya listado na blogagem coletiva - Lê depois o postezito dela! Ela está retornando à blogosfera com um novo blogue porque contaminaram o antigo com splogs e ela perdeu tudo! http://www.blog-com.co.cc/

Boa semena! Beijus,

Nilce disse...

Oi, Glorinha

O bom do pensar é que ele é nosso. Não é tranparente, apesar de muitas vezes, nossa fisionomia nos denunciar.
Podemos expulsar o não queremos e ficar apenas no desejável.
Mas, infelizmente o que não queremos, dá umas voltinhas e novamente e sem notarmos, está ali matinando em nosso pensamento de novo.
Crer ou não crer foi sua opção de vida. Não sei como você foi criada, quando virou atéia, como você mesma diz, ou se isso já partiu de família e muito menos como fez com seus filhos enquanto pequenos.
Crer em algo, em "uma força maior" que chamo de Deus, é um alicerce, que pode muito bem ser a Natureza para você, os "deuses" Sol, Lua, para os índios e até uma simples estátua para muitos povos.
Talvez seja mesmo essa maneira de nos manter em pé e que automáticamnete fazemos, sem pensar, ao pedir proteção para alguém ou para nós mesmos. Uma obrigação que fez parte da educação imposta desde o útero. Mas, que achamos necessário tê-la, precisamos dessa força, acreditando ou não em que tudo possa ter um fim aqui ou continuar em qualquer outro lugar.
Pensar é perigoso mesmo!

Bjs no coração!

Nilce

Glorinha L de Lion disse...

Oi Meru, compreensão sim, fé não! Mas não escrevi esse post para falar sobre crenças ou descrenças apesar de ter dado minha opinião sobre o que é a minha verdade. Que pra mim é absoluta. Mas respeito o modo de enxergar de cada um.Já disuti tanto sobre isso aqui, que cheguei num estágio em que só falo e leio as opiniões. Cada um que pense como acha melhor. Obrigada por seu comentário. bjs.

Glorinha L de Lion disse...

Oi Tati, somos bem parecidas nisso...tem dias que chega a cansar de tanto pensamento né? Não fiz esse post tentando impor o que eu acho. É só minha opinião. Meu marido deve ser igual ao Vi. Mas pensar não me deixa triste não, às vezes, realmente dá uma certa melancolia, mas pensar me faz crescer em todos os sentidos. bjs.

Manu, querida, saudade de ti minha amiga! Então sou sartriana? Ulalá! E logo eu que nunca li Sartre! Mas pensamos bem parecido mesmo, tu e eu, minha amiga! bjs.

Glorinha L de Lion disse...

Oi Luma, tb acho esse assunto, não difícil, mas complicado pq toca no "intocável". Não escrevi querendo polêmica ou discutir. É somente um relato de uma conversa e o que penso, a minha verdade. Só isso. Não quero que pensem como eu, não estou tentando convencer ninguém, estou divagando, refletindo.
Vou colocar o link da Claudya...esqueci totalmente, foram tantos coments, me perdoe. Beijinhos.

Astrid Annabelle disse...

Bom dia Glorinha!
Existe uma sabedoria intensa neste seu texto.
A nomenclatura exerce um papel cruel na consciência coletiva.
Ser rebelde e não robotizado é o caminho...perguntar "como?", questionar o que vamos aceitar como verdade e principalmente experimentar se nos faz bem concordar com os conceitos estabelecidos. Só assim poderemos ter uma assinatura com autoridade.
Belíssima reflexão!
Beijo grande para um excelente dia!
Astrid Annabelle

Glorinha L de Lion disse...

Pois é Nilce, ainda bem que tenho amigas tão inteligentes: o pensar é nosso, é isso aí...eu pensei escrevendo. Não quero convencer ninguém, até pq vc sabe o quanto detesto ser catequizada ou desrespeitada em minha maneira de pensar sobre a fé. Pensei "alto" digamos assim...Aqui, posso tudo não é mesmo? Mas não quero polemizar não. Aliás já polemizei demais sobre o assunto e cansei. Foi uma reflexão e só. Beijos querida, espero que esteja melhor.

Glorinha L de Lion disse...

Nossa Astrid, seu comentário me encheu de alegria, pois tocou exatamente onde eu queria, passando por cima da questão da fé, que não era o mote principal, apesar de alguns entenderem assim. Assinatura com autoridade, gostei! Quanto à sabedoria, para alguns, vem vindo ao longo da vida, como pra mim e culminou na menopausa. Sem arrogância, sou muito mais sábia hj do que era há 3 ou 4 anos atrás. É isso amiga. Obrigada por me entender. Beijão, boa semana!

pensandoemfamilia disse...

Oi glorinha
Participando um pouco desta conversa.
Ótima a sua esplanação sobre como se sente e pensa sobre a fé. Cada um tem suas vivências e percebe a vida, o mundo sob esta perspectiva. Alguns vão fundo em suas reflexões, outros se alienam e outros se entregam ao inexplicável, a fé.
Eu estou no rol daqueles que têm fé, e tenho constatado algumas coisas surpreendentes na vida com esta FÉ.
Não sou religiosa, ou seja, não frequento com assiduidadee a Igreja, mas é no catolicismo que me sinto bem, apesar de ter tido grandes influências do espiritismo.
Sou muito racional e reflexiva, mas tenho procurado cada vez mais me espiritualizar. Para mim tem sido ótimo. Mas penso que cada um faz suas escolhas.
bjs

Morbid_Angel disse...

Glorinha, eu vou te dizer, fui criado em um lar meio ecumenico, meu pai eh ocultista, tem catolicos, espiritas na familia, enfim... eu respeito a todas as religioes.
E respeito os ateus, mas, como cristao, pelos ateus, mtas vzs naum fui respeitado (pra naum dzer em qse todas).
Sei lah, mtos ateus (naum estou falando do seu kso, eu akbo de te conhecer e acho q vc discute assuntos com mta sobriedade, naum eh religiaum q faz alguem ser bom ou ruim, isso vem da pessoa) possuem uma arrogancia como se eles fossem superiormente inteligentes do q akeles q creem em algo e acho q isso naum eh legal, e naum eh pelos "olhos espirituais" q to dizendo isso, mas por uma questaum de principios msm. Fe eh algo q naum se discute, eu penso assim. Kda um eh kda um, mas naum eh pq eu creio em Deus q eu seja um ser irracional,um ser naum pensante, mto pelo contrario, eu frequentei tudo qnto eh coisa pra chegar a conclusaum da MINHA vdd, q eu, de forma alguma, vou qrer impor a alguem ou achar q eh a vdd absoluta da vida. Soh naum posso fik indiferente a coisas q sim, foram palpaveis e ocorreram em minha vida q naum poderiam de forma alguma me levar ao ateismo.
O triste eh q falam falam, mas existem mtos ateus q tbm saum fanaticos.

Glorinha L de Lion disse...

Alexandre, eu não me incomodo mais se acham que eu sou o demo ou não, O que me importa é o que meus amigos pensam de mim, isso sim. E como eles me conhecem, sabem quem eu sou. Isso me basta. E o meu post não foi sobre religião, foi sobre fé, foi sobre pensar. Alguns ainda não sabem ver a diferença entre essas coisas. Vc sabe e gosto de vc tanto, tb por isso. Beijos amigo, obrigada por me entender.

Glorinha L de Lion disse...

Oi Norma, ainda bem que vc me entendeu. O bom de lidar com gente que pensa é isso, sabem discernir qual é o tema do post, sem confundir as coisa. Obrigada, bj

Oi Angel, não estou discutindo e muito menos falando sobre religião, aliás não discuto mais sobre isso, cansei. Cada um acredita no que quer, faz o que quer, vive como quer. Só disse a minha verdade e filosofei um pouco...hehe bjs.

Morbid_Angel disse...

Sim, eu sei q vc naum tava discutindo religiaum, mto menos eu. Eu discuti apenas as atitudes q religiosos e naum religiosos tem, q mtas vzs um critica o outro e akba cometendo os msm erros no q diz respeito a principios e valores.
Religiaum e fe naum se discutem msm, kda um tem sua vdd.
E mtas pessoas de fe saum seres bem pensantes sim. rs. A fe irracional em minha opinuiaum naum eh fe e sim manipulacaum. Pra se ter fe eh preciso ter conhecimento do q se tah lidando e naum ir em conversa fiada de mtos por ai. Eh uma conviccaum tua msm, assim como vc tem a sua conviccaum imutavel (se eh q ha algo imutavel neste mundo, qntas vzs me senti ateu tbm...)
Mas de forma alguma minha intencaum foi discutir religiaum, soh esclarecer q nem todo religioso eh naum pensante. rs. Desculpe se soou ofensivo o q disse sobre os ateus, como disse, eu naum tive boas experiencias e olha q nem nunk quis convencer ngm a nada, soh fui visto com preconceito por crer e quis expor minha experiencia pra ti.
Me desculpe msm, naum quis parecer q quis discutir religiaum ou ofender os ateus. Tem mto ateu q tem mto mais decencia q mtos religiosos por ai sim.
Bjos.

Unknown disse...

Olá Glorinha,

Apreciei imenso o seu post e as suas ideias, pois revelam a sua essência, que conseguiu transformar em sabedoria. É a vantagem dos anos, desde que os saibamos viver com alegria. Como o seu post é sobre o «pensar», parece-me que o caminho é questionar, sempre. Mas sabermos reconhecer quando não conseguimos ir mais fundo. E parar. Esse é o momento precioso: parar de pensar sem entrar numa correria danada. É no momento que eu paro de pensar, que pode ser 1 segundo ou mais tempo, que sinto em mim, que há 'algo' por baixo do pensamento. Que me dá paz.

Gostei muito da sua reflexão. Obrigado.

Glorinha L de Lion disse...

Oi Angel é assim mesmo cada um com sua verdade. Mas não fiquei ofendida de jeito nenhum, apenas expressou sua opinião e contou os casos pelos quais passou. Decência, ética e respeito não tem nada a ver com fé ou religião. bjs.

Oi amigo Antônio, fico feliz que tenha gostado de minha reflexão.Pelo menos isso a idade nos traz não é mesmo? Um pouco mais de sabedoria para viver. Obrigada, bjs grande.

Isadora disse...

Oi Glorinha, acho que pensar é perigoso sim, pois nos tira de nossa zona de conforto, faz com que nos deparemos com coisas que muitas vezes, preferimos colocar embaixo do tapete, mas é esse exercício perigoso e ao mesmo tempo fascinante que nos faz repensar muitas coisa, atitudes, sempre na esperança de nos melhorarmos e entendermos um pouco mais de tudo que nos cerca.
Penso muito, às vezes mais do que deveria e isso também cansa um pouco.
Penso e busco, pois preciso de muitas explicações. Preciso entender o que não desconheço, ainda sabendo que para muitos questionamentos ficarei sem resposta, simplesmente, porque não tem mesmo.
Um beijinho

MERU SAMI disse...

Oi,Glorinha!

Estou aqui outra vez. Este assunto rende não?
Estive lendo alguns comentários; idéias, ideologias, diplomacias...
Eu espero chegar à tal idade da sabedoria...lendo tudo o que foi dito até agora, me veio uma frase, só não lembro o autor. Ela diz: "Tudo aquilo a que se resiste, persiste. E tudo aquilo a que se aceita, pode desaparecer, se assim o escolheres.", por isso para ir treinando para ser sábia um dia, opto pela não resistência.
Bem, "...amanhã é outro dia!", não é?, e podemos estar numa posição diferente. Continuemos pensando, afinal é para isso que serve esse orgão chamado cérebro.

Hoje "cê" não teve folga, não é? Eu vou pensar e deixar você escrever.

Beijos.

Beth/Lilás disse...

Maninha,
É o seguinte; quando a gente tem a cabeça para pensar e refletir, sobre um texto, uma história de vida, exemplos, um pensamento, acabamos filosofando.
E o bom é quando não temos barreiras para desenvolver assuntos como este e outros mais, mesmo tendo divergências
filosóficas independentes de ideologias ou religiões.
Nossos papos são bons para que haja justamente isso - desenvolvimento de idéias e opiniões - sempre respeitando o outro como ser humano pensante e com suas próprias razões.
Convicções mesmo só as tenho quando são em bases científicas, embora eu saiba que a gente não pode ficar reduzido apenas a elas, precisamos
acreditar naquilo que não vemos para amenizar nosso sofrimento nesta vida terrena.
Meu Deus está na natureza que é viva, que se move e se transforma todos os dias e eu adoro acreditar nisso, me dá paz e esperança.
Gostei muito de nossa conversa de ontem e ainda teremos muito a conversar noutros dias, isso é o que importa e nos ajuda a crescer, harmonizar e pensar mais, né mesmo!
um super beijo carioca

Beth/Lilás disse...

Ah, esqueci de dizer que adorei ler os comentários dos amigos sobre este post-reflexão que fizemos juntas ontem, mas esta parte do comentário da amiga Astrid é simplesmente tudo o que vc e eu chegamos à conclusão ontem:

"Ser rebelde e não robotizado é o caminho...perguntar "como?", questionar o que vamos aceitar como verdade e principalmente experimentar se nos faz bem concordar com os conceitos estabelecidos. Só assim poderemos ter uma assinatura com autoridade."


Perfeito!

bjs cariocas

Unknown disse...

Excelente pensamento."A nossa dignidade consiste no pensamento. Procuremos então, pensar bem."

Beijo minha querida.

Cris disse...

Glorinha, amei seu blog, você escreve maravilhosamente bem, parabéns, já estou te seguindo, se puder dê uma passadinha lá no meu blog http://cris-maedeadolescente.blogspot.com/.
Beijos e boa semana.

Kelly Kobor Dias disse...

Glorinha assunto complicado esse do seu post. Recebi uma criação muito rígida e onde Deus e a religião eram usados para me amedrontar. Quando cresci percebi que a vida não era bem do jeito que me ensinaram. E meu slogan para vida é Bom senso para tudo", isso também se refere a crenças.
Quando conheci meu marido, que é completamente cético, foi difícil entender, mas hoje apesar de não ter me tornado cética como ele, vejo a vida com outros olhos. Isso me fez uma pessoa mais livre.
Belo tema, beijos

Lucia disse...

Eu penso exatamente como voce e nao creio em nada. Alias, creio no poder da mente, no pensamento positivo e visualizacoes, mas natureza tb eh so natureza pra mim.

E isso nao mudou quem eu sou como pessoa, nao me fez ficar mais concreta e racional. Sou a mesma Lucia de qdo ha decadas atras, um dia acreditou em deus, mas hoje isso nao faz sentido mais pra mim.

Posso dizer sinceramente que nunca estive melhor na minha vida!

Bjos

Ypsilon Yvone disse...

Puxa adorei conhecer seu blog e suas escrivinhações filosóficas.
CRER OU NÃO CRER
Hoje, penso que compreendo melhor um monte de pensamentos e estigmas...
Como na musica de Raul Seixas, prefiro ser uma metamorfose ambulante a ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

Há situações que nos fazem cristalizar sim. A sociedade cria padrões e espera nossa coerência de atitudes.
Mas, mesmo que as condições de vida, amizade, trabalho se estabilizem nada impede que haja renovação e experimentações.

Menopausa por exemplo, não é tara, mania ou doença - é só a "envelhescência" chegando,ou melhor, alcançando uma fase em que os óculos e os cabelos grisalhos trarão uma impunidade respeitável que tornará todos os nossos crimes afiançáveis...ehehehe
Tem calorões sim, irritabilidade, aumento de peso, dores de cabeça, muita vontade de sumir pra uma ilha deserta... Até aquele nosso companheiro que agüentou anos a fio a nossa TPM dá vontade de estrangular...
But, nós moças cinquentonas, passamos no mínimo os últimos 30 anos mudando o mundo e isso dá muito trabalho. Depois de viver intensamente a revolução sexual, ter meu primeiro filho em plena contracultura dos anos 70, conquistar espaço, um lugar ao sol no mercado de trabalho... Enfrentar algumas mudanças no organismo...é bico e não é o fim e nem o começo de nada... Tudo é ciclico nénão...
Agora vou parar de pensar e dizer que esse papo aqui esta uma delicia.
Prazer enorme
bjus
yvone

Glorinha L de Lion disse...

Isa, pensar dá trabalho, pensar dói demais na alma. Mas o que seria de nós sem nossos pensamentos, questionamentos? Tem dias que fico quase louca de tanto pensar...mas não troco essa loucura lúcida por nada. bjs.

Oi Meru, vc é uma mulher muito sábia...amanhã, quem sabe né? Realmente o dia foi produtivo, escrevi lindamente, modèstia a parte algumas páginas do meu livro...ui como é bom! bJS QUERIDA, OBRIGADA POR SEUS CON=MENTS SEMPRE TÃO INTELIGENTES E PERTINENTES. ops...maiúscula sem querer...

Glorinha L de Lion disse...

Betita, nosso papo rendeu viu? E ainda tem muito a se conversar a respeito, vamos ainda filosofar muito por aí... heh bjs.

Manuel, disse lindas palavras meu amigo, que dignidade maior do que pensar e refletir sobre tudo não é? Bjs

Cris, obrigada pela visita, vou sim, assim que sobrar um tempinho, pois não sei se sabe, estou escrevinhando meu segundo livro...bjs.

Kelly, eu tb. Sou muito mais livre hj e com menos medo. Sou mais feliz depois que aceitei minha descrença. bjs.

Lucinha, sou mais feliz hj tb, certamente, pois me livrei de amarras impostas e nas quais nunca acreditei piamente. bjs.

Oi Yvone, muito prazer. Que comentário interessante esse seu. Gostei muito como colocou sua opinião. Seu blog deve ser bem interessante, vou lá, assim que puder, ok?
Bjs

Cynthia Totus Tuus Mariae disse...

Pensar é perigoso, mas não saberia ficar sem pensar. Tem horas que só o que temos é o pensamento, as divagações...Te admiro pq vc oensa muito e põe udo pra fora e isso me dá mais matéria para pensar....daqui a pouco é pensamento coletivo (risos)!
Quero te agradecer por me proporcionar, atraves da blogagem coletiva, colocar um pouco do que penso para fora.
Obrigado!!
Pelas palavras doces e de estímulo sempre que deixo escapar alguma coisa mais pessoal.
Um bjo
Cynthia

Glorinha L de Lion disse...

Oi Cynthia querida! Eu é que tenho a gardecer a todos que estão participando e me ensinando um puco mais a cada blogagem. Se estou ajudando a alguns, muitos tb me ajudam. É uma troca muito enriquecedora, e vc é uma fofa. Gosto muito de vc, de verdade! Bjs,

She disse...

Glorinhaaaaaaaaaaaaaaa, minha querida, que post sensacional, amei cada estrofe, cada palavra, mas preciso te contar que.... pensei pra dedéu... hehehe
Beijo, beijoooo! ;)

Glorinha L de Lion disse...

hehehe She querida, tive que rir de vc quase a uma da matina! Estou aqui, escrevendo, olhos ardendo, mas o tempo urge e no meu caso, ruge! hehe bjs.

Anônimo disse...

Oi Glorinha, li todos seus textos e como sempre, gosto muito.

Tenho uma grande amiga que é ateísta e vejo nela uma grande sensibilidade,amor e solidariedade. Podemos ser bons sem crer no que as religiões ditam. Aliás, o que mais tem são fanáticos imorais que usam o nome de Deus para justificar alguma coisa...

Procurei por Rubem Alves e encontrei o texto que fala sobre saúde mental, razão e emoção...Faz sentido mesmo.

Beijos

♕Miss Cíntia Arruda Leite ღ disse...

Mas pensar é preciso! E sabe Glorinha, acho que livre arbítrio é preciso sim, cada um de nós somos diferentes e nessas diferenças que nos encontramos no próximo, por exemplo você e Beth, a fé dela completa a fé que você não acredita e etc... não é mesmo?
Eu por exemplo, penso demais, penso no agora, no ontem e no amanhã, penso em como será, penso antes de agir, já fui muito impulsiva e isso não dá certo e posso até mudar de ideia, mas de uma eu não mudo, que é a Fé em Deus, é ele que me move, e nele que acredito e ele que me fez chegar até aqui!
E sabe o que mais admiro em você, sua personalidade, você não está no mundo para seguir as regras e imitar os outros, você acredita, pensa e questiona. Isso que te faz ser a pessoa maravilhosa que é!!

Um beijo no seu coração!!

me passa seu e-mail.

Bombom disse...

Glorinha, gostei muito de "assistir" à tua conversa com a Beth. São pertinentes as tuas interrogações, que são as mesmas que afloram tantas vezes ao pensamento dos que se dizem crentes. E gostei imenso dos comentários que recebeste e que vão completando a tua linha de pensamento. Adorei, mesmo! Agora que este tema dá pano para mangas, dá!
Bjs. Bombom

Glorinha L de Lion disse...

Mari, o texto é excelente, dica de minha web mana Betita...legal ne´?
bjs

She, meu bem, pensar faz bem, exercita os neurônios, ventila o cérebro e evita Alzheimer...hehe estamos longe disso, espero! bjs

Oi Cíntia, bonequinha linda! Pois é menina, pensar é bom, como eu disse pra She, exercita os neurônios, faz musculação neles...hehe e eles ficam sarados, uns gatos...hehe vou lá no seu blog te dar meu email, tá? beijos mil.


Bombom, amore, e como dá pano nessas mangas, menina! Conversa pra 2 meses...hehe bjs.

Beth/Lilás disse...

Maninha,
Eu vou para aquela festa que te falei daqui há pouco, mas gostaria que lesse o que minha outra amiga, a Rosa, deixou no post dela de hoje.
É tudo o que penso a respeito da religiosidade e como vejo Deus por aí, sem contar que o autor é o que mais gosto na atualidade.
beijinhos cariocas