Finalmente terminei o livro As Benevolentes!!!! Nem acreditei quando fechei a última página...
Me senti exausta, sem forças, e estou desde domingo tentando escrever minha opinião sobre o que li.
O livro é extremamente pesado como já havia dito antes, pesado em todos os sentidos.
Mas, aqui vai minha opinião:
Achei o autor arrogante e pretensioso, como se o restante da humanidade tivesse que saber alemão, tivesse que ter lido Shopenhauer, Stendhal e Sófocles....
O livro poderia ter umas 300 páginas e já daria o recado. Os parágrafos são tão longos, que se não se prestar extrema atenção, a gente se perde no meio.
Mas tirando todos os defeitos, a mensagem do livro é perturbadora e é nela que vou me ater:
Quem conta a estória é um oficial SS, bem educado, criado e educado na França, formado em Direito mas frustrado por não ter feito Literatura ou estudado música....aparentemente, portanto, um homem como qualquer outro....e aí é que se levanta a grande questão do livro, cujo prólogo resume de maneira muito clara a grande dúvida que é levantada em todo o decorrer do livro: quando o ser humano é colocado à prova em situações-limite, não se tornará também um assassino?
Qual é o limite da maldade que habita, escondida em um canto qualquer, em cada homem?
Quem faz as guerras? Quem obedece ou não ao Estado, às leis?
Nós, a grande massa humana.
Se pensarmos em todas as guerras que devastaram povos, cidades, países, quem as fez?
Quem empunhou as armas? Quem atirou no inimigo?
Nem vou entrar na questão do holocausto, no massacre de inocentes que não eram inimigos de ninguém....não só o martirizado povo judeu, mas também, poloneses, comunistas, ciganos, testemunhas de jeová, paralíticos, retardados....todos considerados sub-raças para Hitler e seus seguidores.
Quero falar somente sobre a tese de que a maldade humana está em todos nós, à espreita, para num momento qualquer, saltar de nossa alma sobre quem consideramos nosso inimigo.
O livro me fez questionar e pensar muito sobre isso.
Para que esse post não fique muito longo, continuarei no próximo a falar nesse assunto tão, digamos assim, inconveniente...
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