Meu filho tinha 1 aninho e, nessa idade andava atrás do meu marido o tempo todo....já se vão 24 anos desde essa foto.
Mas o amor, só cresceu...é engraçado como os 2 não se parecem nada fisicamente, mas são parecidíssimos no jeito de ser....calados, calmos, compreensivos, dizendo sempre a palavra certa, na hora certa. Enfim, 2 seres humanos muito especiais, com defeitos, como todo mundo, mas com tantas qualidades, que os defeitos ficam parecendo pequenos.
Perdi meu pai quando tinha 15 anos e, nessa idade não pude avaliar realmente o que representava a falta da figura paterna numa idade tão complicada, como a adolescência.
Hoje, vejo a falta que meu pai me fez....mas, no pouco tempo que passamos juntos, ele me deixou 2 coisas que considero os alicerces da minha personalidade: não mentir e amar os livros.
Não mentir, muitas vezes me traz problemas, pois falar a verdade é muito mais difícil do que enganar, pois, infelizmente, os seres humanos preferem ouvir o que lhes agrada, e que nem sempre é a verdade...Não vou dizer que nunca menti....já menti sim, mas me sinto muito mal fazendo isso.
Quanto aos livros, através deles viajei, conheci lugares, pessoas, me questionei, fui pesquisar o que não sabia....enfim, me formei como pessoa, como gente. E, através deles, me transformo a cada dia. Meu amor pelas palavras muitas vezes me deu força e me consolou, fosse lendo ou escrevendo.
Essas foram as heranças que meu pai me deixou, nenhum valioso bem material, mas bens que me fizeram ser alguém com alma.
Espero que meu filho siga os caminhos que seu pai trilhou e abriu com força e determinação pra que ele seguisse também.
Que a compaixão, a solidariedade, a integridade e o amor que ele viu e recebeu do pai, se perpetuem no olhar e no afeto que ele der a seus filhos.
Domingo será só uma data, mas mesmo assim, desejo aos pais e a seus filhos que se olhem, se abracem e se beijem....pois um dia, esse amor será só lembrança.
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