Terminei de ler o livro "A Filha do Capitão" de José Rodrigues dos Santos, que recebi de presente de minha amiga Manu, há alguns meses atrás.
634 páginas muito bem escritas, repletas de fatos históricos e muita informação sobre a participação de Portugal na Primeira Grande Guerra.
Mas, no início do livro, o protagonista, Afonso é enviado ao seminário para ser padre e vive intensamente martirizado por questões relativas à fé. Questiona-se e questiona seus mestres, sobre a existência ou não de deus.
No final do livro, as mesmas indagações retornam, com muito mais força, devido ao sofrimento dos acontecimentos gerados pela guerra.
Afonso questiona o padre que foi seu professor: "Deus é bondoso ou Deus é temível? Hã? Em que ficamos? Que contradição é essa? Ou bem que é bondoso, ou bem que é temível. Não pode ser as duas coisas ao mesmo tempo."
E aqui começa um questionamento enorme sobre a fé, o temor, a vida, a morte.
Até que, em determinado momento ele aceita a existência de Deus, mas pergunta ao padre:
" A grande questão é a velha dúvida de saber por que razão Ele nos criou, por que razão Ele nos impinge tanto sofrimento, que propósito tudo isso serve?"
O diálogo cheio de dor entre um e outro segue por algumas páginas. Citei essa parte do livro, que, para mim é uma das mais interessantes, por tratar-se da dialética entre a razão x fé.
Quando nos vemos diante de grandes tragédias não há como não pensar em fé e religiosidade se contrapondo à razão.
Quando vejo que vidas humanas nada são diante da enormidade da Natureza, da sua força e poder de destruição, não posso deixar de pensar que a fé, nessas horas, deve trazer algum conforto para quem a tem, ao mesmo tempo em que, para mim, a cada nova tragédia que acontece, menos fé eu tenho, se é que isso é possível, visto que não tenho mais nenhuma fé em nenhuma crença, deus ou religião.
Alguns dirão: Se escreve tanto sobre isso é porque deve ter alguma fé. Ou, então quer acreditar em algo.
Quanto a isso respondo: Sim, seria tão mais fácil e menos doloroso crer, em qualquer deus ou religião!
Se existisse um deus ele teria que ser bom e justo e não um deus cruel e temível. Se as pessoas conseguem crer num deus assim é porque precisam da fé como tábua de salvação, como muletas para caminhar sem sofrer tanto. Até entendo, mas não aceito.
Vida e morte se confundem. Nascemos já morrendo aos poucos. Podemos tentar nos esquecer do final, mas todos trazemos dentro de nós essa certeza, a única aliás: todos podemos morrer a qualquer momento, rezemos ou não, creiamos ou não.
Eu não queria escrever sobre a tragédia que se abateu sobre meu Estado. Eu não queria ser mais uma a escrever sobre como a Natureza vem cobrar seu preço, de tempos em tempos, pelo descaso, pelos maus tratos, pelo mau uso da terra, pelos sucessivos e ininterruptos aviltamentos de quem tem sido vítima através dos séculos.
Mas sinto tanta tristeza hoje, que mesmo procurando não ver ou saber, as notícias chegam até mim.
Todos temos nossas pequenas tragédias cotidianas, nossas dores, nosso quinhão de sofrimento, mas alguns, parecem ter sido marcados, ao nascer, com o símbolo da catástrofe.
Eu não rezo porque não creio. Eu não peço misericórdia ou consolo às vítimas porque não tenho fé. À mim só resta uma solidariedade vã. Um sentimento vago de comiseração e total impotência.
À mim, só resta a piedade, a tristeza e a constatação de que cada minuto da vida deve ser vivido como se fosse o último. Porque ele pode, realmente, sê-lo.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
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33 comentários:
Ai Glorinha, minha linda, encontro tanta verdade nos seus posts...
Beijinhos tristonhos,
Dani
Olá, querida!
Amei seu texto. Eu tenho uma profunda admiração por pessoas que sabem colocar sua verdade de uma forma tão sutil! Você sabe falar de assunto tão profundo com tanta suavidade.
Para mim a compaixão que você sente dentro se si é presença divina. Muito simples, o meu pensar sobre Deus, não é?
Eu sinto a presença Dele através dos sentimentos que me mobilizam para o bem. Carrego-O comigo e compartilho com as pessoas que encontro no meu caminho.
Talvez seja uma forma que eu encontrei para dar sentido a vida. Talvez para não achar que a morte seja o final de tudo.Quem sabe? São os mistérios que permeiam a vida.
Seu texto é maravilhoso! Estou em reflexão!
Bjs, amiga!
Oi Glorinha,
Lembro dessa frase:
"Quem tiver ouvidos de ouvir, ouça".
E lembro do sonho da minha filha ainda pequena, no qual viu deus em cima do teto de uma casa bem no alto que falava com o povo embaixo. Ela nem tinha sido alfabetizada e eu nem falava de deus pra ela...
Ligo o sonho dela a essa frase, ou seja, quem tem condição de entender, que assim o faça.
Voce deve ter seus motivos pra nao crer, ou nao tem condiçoes de compreender certas verdades.
Gostei muito como vc escreveu, a ligaçao do livro com essa tragédia atual é mesmo pra pensar...
beijo grande.
olá amiga, ainda não li esse livro mas uma amiga minha disse que já leu e é muito bom.Aproveito para te dizer que estou chocada com a tragédia que está a atravessar parte do teu Brasil,amiga doí o coração, o meu está em ferida, Deus tenha compaixão , chega de tanto sofrimento ,dor, tritesa,enfim é desolação total, um grande abraço cheio de calor humano para todos os que estão passando esta provação que nossa senhora se lembre de vós.beijos
"As doutrinas japonesas, não ensinam absolutamente nada acerca da criação do mundo, do sol, da lua, das estrelas, da terra, dos céus e do resto (...). As pessoas ficaram muito espantadas, por ouvir dizer que há apenas um Autor e Pai comum das almas, por quem elas foram criadas.(...)Isso não os satisfez(...). Eles consideram os demónios maus por natureza(...), Deus, portanto, sendo bom, nunca poderia criar seres tão maus. A esses argumentos replicámos que os demónios tinham sido criados bons por Deus, tornando-se maus por sua própria culpa, sendo por isso condenados ao sofrimento e tormento eternos. Então, eles objectaram, que um Deus tão severo no castigo, não era de todo misericordioso."
Carta de S.Francisco Xavier para a Sociedade de Jesus em 1552
Querida Glorinha,
Eu fui educada no catolicismo, mas muito cedo pus em causa, por razões várias, a supremacia moral que me diziam ter aqueles que frequentavam a Igreja.
A verdadeira espiritualidade está no coração de cada um...
Adorei o seu texto, mais uma vez escrito com a maior frontalidade, num momento muito particular.
Não li o livro, porque não sou fã da escrita de José Rodrigues dos Santos...mas isso é assunto para outra altura.
BEIJOS CARINHOSOS
TERNURAS MIL...
GLÓRINHA...
respeito e aceito seu ponto de vista...
eu tenho fé amiga, mas não pense que não me questiono a respeito dos demandos de Deus...( minha religião é controversa...)
penso muito por que tanta judiaria com quem já tem tão pouco e por que criançinhas morrem e sofrem de doenças calamitosas...
mas como não tenho respostas penso que um dia( daqui a muito e muito tempo) espero ter a oportunidade de me defrontar com Ele...ou com o outro,,,, sei lá e farei muitas perguntas que não consigo respostas nem entendimento hoje.
tb estou muito comovida com a situação de nossos irmãos Brasil a fora...
só a caridade e a esperança poderá ajuda-los neste momento...
no mais amiga seu texto me tocou...
tenha um fds cheio de paz e amor.
bjuivos no seu coração.
loba.
Bjs Glorinha!
Oi Dani, é a minha verdade, se vai de encontro à sua, fico feliz com isso, apesar da tristeza que se abate hj sobre mim, beijos querida,
Maria Helena, vc é uma pessoa muito doce. Tenho assustado muitos com meu modo de expor o que penso, mas é nisso que acredito ou desacredito no momento. Talvez não seja o que a maioria das pessoas prefira ler, mas é como me sinto diante da vida. É assim que eu sou. Obrigada pelo seu afeto, beijos,
Glorinha,
Também eu tentei escrever algo diferente da tragédia no Rio, mas não deu. É tão próximo. Conheço tudo por ali. Conheço o Caleme em Teresópolis. Cheguei a passar uma virada de ano ali. Uma vez passei um carnaval em Teresópolis dentro de casa quando só chovia.
Conheço pessoas, ruas, lojas.
Não, hoje não dá para não ficar triste. Não há espaço para expressar outro sentimento que não este.
Beijos querida,
Oi Ester, fui católica praticante, embora tenha sido uma pessoa cheia de dúvidas pela vida inteira. Um belo dia acordei e vi tudo claro como água: deuses não existem e estamos aqui, como todos os outros seres vivos ou não. Não temos missões ou motivos para viver. Vivemos, nascemos e morremos, como uma planta, uma formiga ou uma pedra. Não tive nenhum golpe da vida ou algo que me fizesse descrer. Simplesmente aconteceu naturalmente, num percurso que chegou ao ápice há uns 3 anos atrás. Vejo tudo claro como o dia. Mas sinto que as pessoas precisam dessa fé cega em algo superior. Eu não. é simples assim. Pode até parecer complicado, mas não é. Respeito quem crê, mas eu não creio em absolutamente nada. Obrigada por seu comentário, bjs,
Oi Xunandinha, o livro é bom, embora longo demais na minha humilde opinião. Quanto à tristeza pelas tragédias que tem acontecido, todos nós moradores do Estado do Rio estamos muito consternados.É tudo muito triste. Obrigada pela solidariedade, beijos,
Minha querida Loli, então temos percursos parecidos. Também eu fui criada no catolicismo, mas tb muito cedo fui questionadora e não acreditava nas coisas da Igreja nem de nenhuma outra religião. Meu marido é espírita kardecista e respeita meu modo de pensar. E eu o dele.Através dos anos, questionando, buscando, lendo, procurando, me vi atéia. Totalmente. Isso causa temor e desconfiança nas pessoas em geral. Aqui, sendo um dos maiores países católicos do mundo, se dizer atéia é o mesmo que se dizer com uma doença contagiosa. As pessoas não entendem ou não tentam entender. Eu respeito quem crê, mas para mim, no meu íntimo é tudo uma questão de ter onde se segurar. Fé e religião , na minha opinião, são as muletas que o ser humano precisa para se manter de pé e não enlouquecer. Passei desse estágio. Passei a ter menos medo da morte depois que me soube atéia, pois compreendi, que somos como formigas, que um pé esmaga, aleatoriamente, por força da natureza. É difícil ser assim. Vivo sendo confrontada. Há sempre muitos querendo me provar que estou errada. Outros tentam me converter. Só isso não admito: que não respeitem meu modo de pensar. Felizmente são poucos. A maioria dos meus amigos é suficientemente inteligente para saber que fé não se discute. Escrevo aqui, no meu blog, o que penso, não vou ao blog de ninguém fazer apologia da minha falta de fé. Acho que somos parecidas nisso, embora vc seja xintoísta, não é? Eu não, não sou nada. Sou apenas humana, com sentimentos humanos, embora muitos achem que não, que sou diferente. Mas meus amigos, esses me respeitam e eu a eles. E, nos meus amigos eu creio com todo o meu coração,
Beijinhos minha querida amiga,
Valéria, tb respeito sua fé. Isso é coisa que não se explica nem se discute. Entendo perfeitamente seu ponto de vista. Eu encontrei as respostas que me satisfizeram. Outros passam a vida se questionando. Acho que o importante é a solidariedade, o amor ao próximo , o respeito e isso, independe de religião não é? Que essas pessoas que estão sofrendo tanto tenham seu quinhão de felicidade depois dessa tragédia toda. beijos,
Beijos, Fatinha! Bom fim de semana!
Realmente Malu, hj não tem como não estar triste e se perguntando porque todo ano a mesma coisa se repete em lugares diferentes. Muito triste mesmo. Beijos,
É verdade Glorinha... muita tristeza e os governantes o que fazem? É nessas horas que me pergunto: Vale mais uma Olimpíada e uma Copa do que cuidar verdadeiramente de nós, pobres seres humanos????
Beijinhos
Bia
www.biaviagemambiental.blogspot.com
Glorinha estive aqui e escrevi um comentário ultra longo sobre fé , amor, o momento atual e etc. Mas numa manobra infeliz apagou-se tudo. Voltei , então , para dizer que meu blog está calado e triste com tudo que vem acontecendo e que estamos vivendo coisas parecidas, questionando ( o que é sempre bom) o que fazer e pensar para que tudo seja natural e compreensível .
No meio de tudo, a compaixão , a solidariedade e a Justiça estão agindo por cursos reais e espontâneos no interior da gente ...
Pode ser Deus, pode ser a gente,
mas , veementemente é amor
Pois é Bia, se os governantes fossem punidos e soubessem que esse descaso com o povo geraria pena e reclusão, isso acabaria, Mas infelizmente estamos no Brasil...muitos ainda morrerão por culpa desses assassinos que só querem é encher os próprios bolsos. Triste demais tudo isso. Beijos,
Leila que raiva que dá quando acontece isso não é? Aqui a net cai toda hora, já perdi inúmeros emails e comentários enquanto os escrevia...Acho que só a solidariedade pode dar algum resultado numa hora dessas. Que todos ajudem como puderem. Beijos, obrigada por vir aqui,
Guxa,
Vi que vc tentou me ligar, mas voltamos a ficar sem sinal de celular. Nem sei como a internet ainda está funcionando.
Mais tarde estaremos indo voluntariar no Pedrão e talvez no centro esteja com sinal do cel.
Beijos
Oi Glorinha!
Você realmente é verdadeira, sob todos os prismas, e eu a admiro cada vez mais por isso. Independentemente de fé ou de religiosidade, pois são coisas indiscutíveis, eu penso. Independentemente de qualquer coisa, minha querida, ler você é um grande prazer nessa imensa blogosfera, por sua coragem, pela força que emana de suas palavras sinceras. Quero deixar aqui meu respeito enorme por suas convicções e por sua forma de expressá-las. Me interessei pelo livro, vou colocá-lo na lista dos próximos a serem lidos!!
Você é fantástica!
Grande beijo
Carla
GLORINHA...ESTOU ATE AGORA RREPIADA DE TER LIDO ISSO AQUI..OLHA HOJE PELA MANHA ATE CEHGUEI ATE AQUI MAS VI SEU POST E ESTAVA SEM TEMPO DE LER...E COMENTAR E AINDA FALEI COM MINHA FILHA...QUE O SEU BLOG ENTRE OUTROS QUE LEIO GOSTO DE LER DEVAGAR POIS ME TRAZEM SO COISAS QUE APRENDEO E QUE GOSTO POR ISSO LEIO COM CALMA..DEPOIS AGORA A TARDE ENTREI NO MEU E FIZ UM POST...E FIQUEI AGORADE BOCABERTA QUANDO LI SEU TEXTO E VI QUE FALA DA MESMA DUVIDA QUE EU...DEPOIS SE ME FALA QUANDO LER O MEU...EU PENSO ASSIM EXATAMENTE ASSIM ATE POR QUE SOU MA~E E SEI O AMOR QUE TENHO PELOS MEUS FILHOS CAPAZ DE MORRER POR ELES....TENHO ME PERGUNTADO MUITO SOBRE TUDO ISSO E CHEGUEI A CONCLUSÃO NÃO VOU TER A RESPOSTA ....PELO MENOS AQUI NÃO NESSA VIDA
BEIJOS
AMEI O TEXTO
AINDA ACREDITO QUE EXISTA SIM...EMBORA GOSTARIA DE SABER UNS POR QUES ?!
OTILIA
GLORINHA
QUANTO A TRAGEDIA DO RIO...SINTO MUITO MESMO...ESTOU TRISTE..DE LUTO..SEM ENTENDER..E ONTEM A NOITE QUANDO VI O ULTIMO JORNAL E FUI ME DEITAR PERGUNTEI POR QUE...ESTOU MUITO LONGE MAS MESMO ASSIM NOS RESOLVEMOS AJUDAR COMO PODEMOS DAQUI...PELO MENOS NÃO FICAMOS PARADOS..MAS SE EU MORASSE AI CERTZA ESTARIA LA TAMBEM AJUDANDO...OLHA O POVO DO RIO DE JANEIRO COMO TODO POVO .NÃO MEREM ISSO...ISSO VOU MORRER TENTANDO ENTENDER POR QUE????
PS CASO RESOLVA FAZER ALGUMA COISA NA BLOGOSFERA ...CONTE COMIGO
otilia
Olá querida Glorinha,
Este teu texto está excepcional e eu comungo do teu questionamento há muitos anos. Há de facto um mistério, que nem a filosofia nem a ciência conseguem chegar lá. De família católica, para mim tudo começou quando frequentei um colégio de freiras e depois foi uma sucessão de leituras que fiz, além disso o curso de História se muito aborda a religião, pela sua grande influência, faz essa abordagem de uma forma científica. Tive inclusive professores padres que não se coibiam de revelar as suas dúvidas!
Enfim, respeito quem tem fé, eu não consigo compreender aquilo para o qual não há explicação plausível.
Dizes que as pessoas em sofrimento se agarram mais à fé, eu nesse caso perguntaria: mas porquê meu Deus?
Beijinhos amada amiga,
Manu
Oi Mi, agora que falei com vc fiquei ainda mais triste. Não por vc, ainda bem , pois com vc e sua família, nada aconteceu, mas pelo que me contou a coisa foi mesmo terrível. Vou ajudar mandando roupas e mantimentos. Quem puder, faça o mesmo. beijos,
Oi Carla, fico feliz que minhas palavras ajudem as pessoas a pensar e a refletir sobre alguns fatos. Não desejo de modo algum, que pensem da mesma forma que eu. Quero apenas que reflitam. Acho que tenho alcançado meu objetivo, pelo menos com alguns.
Também te admiro muito. Obrigada pelo comentário, beijos,
Oi Otília, obrigada por seu comentário. Quanto a fazer algo, tenho vontade sim, só não sei o que nem como. Vou procurar saber onde se pode entregar donativos e avisarei aqui.
Quanto às suas dúvidas, minha querida, muitos, muitos mesmo, as têm. Acho que a verdadeira resposta nunca saberemos, infelizmente, beijos
Já passa de drama humano, tendo-se tornado uma tragédia que não pára de avolumar o número de vítimas e de destruição material.
As religiões téistas estão completamente desacreditadas, servindo apenas como mordaça para manter a populaça amarrada à canga. Essa conversa do deus para cá e deus para lá, já enoja. Essa do "se deus quiser" apenas serve para manter o povo desresponsabilizado dos seus actos e entregue ao jugo de uns bandalhos que tiram todo o proveito disso.
Abraço solidário
Manu querida, que deus é esse eu não sei...que faz as pessoas sofrerem para serem felizes na vida eterna? Eu ein? Coisa de loucos...E o pior, a maioria acredita nessa estória da carochinha...precisam acreditar, precisam ter a quem se apegar...Não entendo absolutamente. Beijos,
Amigo Man Drag seu comentário é de uma verdade que chega a brilhar no breu! a maioria das pessoas é como gado, precisa da manada e da canga no pescoço...assim fica mais fácil viver. Eu, concordo em tudo contigo. Enquanto isso o governador diz que não é hora de procurar culpados...Ah não? E quando será?
Beijos solidários,
Oi Glorinha,
Eu sou daquelas que tem Fé sim e muito, e preciso disso para orientar minha vida. Para mim, tudo que acontece tem um propósito - na sua maioria de crescimento, amadurecimento, por mais dolorido que seja. Mas também me questiono quando me deparo com estas tragédias, com crianças sendo violentadas,enfim.
Também fui criada no catolicismo, mas há muito participo do espiritismo kardecista. Atualmente eu me percebo como parte integrante do Universo em constante transformação. A morte é a única certeza, mas para mim não significa o fim.
Mas como você disse, cada um pensa de um jeito e Graças a Deus temos livre arbítrio não é? Não precisamos ser "inimigos" por crermos em coisas diferentes, ou por simplismente nao crer.
Um beijo! Te Adoroo.
muito verdadeiro o sentimento que permeia seu texto...
Sempre falei alegremente sobre a bondade,a misericórdia,o Amor de Deus...
mas toda essa Dor...essa tragédia me emudeceu...
não que eu tenha deixado de crer,apenas sou mais próxima da fragilidade humana
que a grandeza divina...
contra os fatos não há argumento...não um que possa aplacar a nossa dor...
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