segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Meu Pai e Eu...2a. Parte
Ontem fiquei muito mexida depois de ter escrito o post sobre meu pai e a caneta Parker, que, não sei porque acabou vindo parar em minhas mãos. Tenho um irmão mais velho, que inclusive tem o seu nome. Porque não ficou com ele?
Tenho uma irmã mais velha que era muito ligada ao meu pai. Porque não ficou com ela?
Não sei porque, sinceramente, essa caneta ficou comigo. Se foi minha mãe que me deu. Se eu peguei e fiquei com ela.
Não me recordo mais.
Mas ontem, depois do almoço, e com 3 taças de vinho Chianti na cabeça, fui tomar banho e, enquanto a água quente caía sobre mim, tive uma espécie de "revelação" causada, talvez pelo álcool, ou pela emoção.
Fiquei pensando que meu pai vive em mim...Não como uma reencarnação, não é isso, mas um pedaço dele ainda está em mim e aquela caneta, mesmo velhinha, com o dourado descascado pelo uso, me fez pensar sobre o quanto de nossos antepassados carregamos conosco.
Meu pai tinha uma escrita brilhante. Escrevia muito bem porque leu muito. Sua caligrafia era primorosa.
E sua caneta, tão usada e gasta, com vestígios da tinta azul turquesa que tanto gostava, quis o destino, que viesse parar em minhas mãos.
Durante o banho, refleti sobre isso. E o romance de ficção, baseado em fatos reais que estou escrevendo agora, me fez ter a certeza que não só meu pai, mas todos os meus ancestrais vivem em mim.
Pode ser que através de minhas mãos eles estejam querendo contar uma parte da estória de nossa família. Pode ser que eu seja o instrumento, a mão que escreve, com uma caneta que pertenceu a meu pai, um pedaço de uma estória que estava esquecida por todos.
Senti, com a água quente descendo em meu corpo, que eu sou todos eles. Tenho todos eles em mim.
Não recuperarei a caneta, como pensei inicialmente.
Vou usá-la assim, gasta, com as digitais de meu pai impressas nela.
Que a parte dele que há em mim me dê a força que preciso para lutar por meu sonho. Que através da força e da coragem de meus ancestrais eu encontre o tesouro que tanto desejo, no final desse arco íris que vislumbro daqui.
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39 comentários:
Ah! quantas lembranças você me proporcionou com suas memórias e com esta caneta. Memórias da presença que tenho do meu pai que tb já partiu, ou melhor que ainda está aqui , na caneta, nas fotos que ele tirava,na camisa que ainda guardo dentro do meu armário.
Ah! seu café com bolo é uma delícia!
Obrigada Eliete, que bom que gostou do meu café e do meu bolo...quanto às lembranças: recordar é viver né?
bj
Olá Glória
Quando li teu comentário sobre a caneta, lembrei da história da minha bisavó que levou uns petelecos depois de casada porque trocou a tarefa de fazer almoço por uma boa leitura estirada na cama. No meu site www.pan-horamarte.jor.br homenageio ela e escrevo alguns pequenos contos.
Já votei no teu livro
bjs
Que delícia de blog. Quem não gosta de café com bolo e um bom papo?
Já estou seguindo!
Saudações poéticas!!!
Oi Mari, legal ter provocado tantas lembranças em tanta gente, depois vou lá sim ler o que escreveu. Obrigada elo seu voto. bjs
Margot que legal, seja benvinda! obrigada.bjs
Obrigada, Glorinha. Faço o convite para que você visite meu espaço:
http://compartimentosecretopara.blogspot.com
E fique à vontade! Abraço!!!
Oi Glorinha
Em nossas histórias familiares temos vários tesouros. Lindo o seu insigth.
Quando escrevemos trazemos todo nosso ser para a ponta da caneta e com isto todos os nossos ancestrais se fazem presentes.
bjs.
Glorinha, é emocionante seu relato porque sinto que meu pai também vive em mim. Sou parte dele. Ele é parte de mim.
Não acredito em reencarnação, mas acredito em vida depois da morte. Um mistério, mas acredito. Então, sinto meu pai "rondando" minha vida e isso é muito bom.
Bj
Então chegou à conclusão de que recuperá-la seria tirar a magia que ela insere, afinal será com ela que você irá autografar seus livros no dia do lançamento.
Acredito sim que ele vive em você claro! Eu, por exemplo, minha mãe diz que sempre quando me vê nas minhas arrumações tanto de casa quanto de mim mesma, ela vê a avó dela que era assim.
beijoquinhas cariocas
Glorinha
Você com este post remexeu não só com o teu passado e teus ancestrais, como me fez relembrar dos meus também. Meu pai só usava canetas Parker e mantinha elas guardadas no cofre, acredita?
Como ele adorava! Ganhei algumas e agora fiquei pensando: que pena que não guardei nenhuma. Deixei-as lá guardadas quando me casei e como meu pai morreu logo, minha mãe deu-as a um amigo dele. Nunca mais o vimos e elas ficaram só na lembrança.
Esses dias minha mãe achou uma no mesmo cofre, mas agora não dá para mais ninguém.
Nossa, quanta coisa existe em nós deles. E é muito bom quando essas marcas são tão boas assim.
Essa caneta já era tua de qualquer maneira.
Bjs no coração!
Nilce
vc deve estar certa, certamente está. bjs
Mãe, tenho certeza que no fim desse arco-íris tem muitas coisas lindas pra vc...
Beijos, estou torcendo muito.
Oi Glorinha que esta caneta que está em suas mãos e que aparentemente tinha tudo para não estar, seja um guia, uma iluminação por um caminho a seguir. Indpendente de qualquer coisa, você teve uma revelação e que sim, pode guiar-te pelos caminhos tão sonhados. Que todos os seus a acompanhem e a ajudem.
Um beijinho
Minha Querida tudo nessa vida tem um porquê e não estou falando de religião não... nada é por acaso, nem que sejam para nos trazer lembranças emocionantes como essa... beijo, beijo! ;)
Oi Margot, vou sim, já estou indo...bjs.
Pois é Norma, tenho esses insights de vez em quando...sou minha própria terapeuta, graças ao meu blog! Bjs.
E eu Lucia, que não acredito em nada disso? Mas "sei" que somos um somatório de dnas e genes...e através deles, repetimos a es(his)tória...beijos
Então Beth, achei melhor deixá-la como está, terá mais valor pra mim assim desse jeito...e claro que somos um pouco de cada um de nossos antepassados, creio nisso. bjs.
Puxa Nilce, que pena que não ficou com nenhuma! Já pensou que emoção
eu poder assinar meus autógrafos com a caneta de meu pai? Acho que vou chorar muito nesse dia! Beijão querida!
Oi Angela, sinto que estou...bjs.
Oi filha, obrigada por seu apoio, sempre comigo e torcendo, fazendo tudo pra ajudar. Te amo...vamos lá atrás do arco íris comigo buscar o que é meu! Bjs.
Oi Isadora minha querida, belas palavras...que sejam meus guias nessa empreitada que não tem sido fácil, mas que no fim, dará certo, tenho certeza! Bjs e obrigada.
Glorinha, todos os nossos antepassados vivem em nós. Alguns mais, outros menos. Mesmo sem ter sido criada por meu pai, desde criança tenho o mesmo jeito dele, o mesmo rompante, o mesmo tom de voz. Poxa, só lembrei de coisas ruins. Mas vc carrega o que há de melhor de seu pai. Traz em você um talento lindo dele e a força também. As vezes olho para o meu filho Vinícius (tenho que te mandar um e-mail sobre os últimos acontecimentos)e vejo tanto de mim e do pai nele. As vezes acho que ele herdou de nós, o que temos de melhor e também o que temos de pior (tudo superfaturado rsrsr). Que grande descoberta você fez. Agora será mais inteira e mais forte para lutar, com todos eles junto de você.
Demais..viu. Gosto da forma que você escreve.
abraços
Hugo
Eu concordo com o simbolismo de certos objetos. E acho que você tem de ir em frente. Sempre! Com ou sem a caneta. Porque o que mais importa, e foi isso que você nos passou através do post, é a reflexão advinda em função do objeto.
Parabéns! Mais uma vez: é raro ver tanta garra.
Bjs,
Michelle
"O difícil em arte é criar-se emoção sem se mostrar que se está emocionado. Ou estar emocionado para antes e depois de se estar. Ou ter a emoção ao lado para nela ir enchendo a caneta ."
Vá em frente os seus designos são a sua vontade e o querer.
Beijo.
Oi She, acho que nós construímos nossos caminhos, com o que trazemos dentro de nós, resultado de muitas vidas que vieram antes. bjs
Giovanna, que lindo seu comentário amiga...é verdade tudo o que escreveu. Carregamos a força e a covardia, o belo e o feio, aliás, como tudo na vida tem os 2 lados...beijos.
Oi Hugo, obrigada pelo elogio, que bom que gosta de ler o que escrevo. bjs
Oi Michelle, com certeza eu vou, com ou sem ela, mas que com ela ganhei um extra, um up, isso com certeza ganhei...bjs.
que dois posts emocionantes querida, acompanhei atenta, as vezes, acho que aqueles que amamos nos dão sinais de que essa vida é eterna, sem nenhum tipo de mesticismo , bem simples da forma como vc colocou, somo uma continuidade. bjs querida
O que eu sempre pensei, é que aquelas pessoas que fomos conhecendo em toda a nossa vida, com mais ou menos peso sentimental, estão em nós e em nós pulsam e vivem.
Dessa caneta, que me faz lembrar uma outra caneta, que me roubaram, espero que um dia a utilizes autografando um livro para mim.
Muitos beijinhos,
Manú
Oi Glorinha,
Tem um selinho pra vc lá no blog, passe lá!!!
bjs e uma ótima semana!!!
Vivi
Manuel meu querido, pois a minha caneta está duplicada de emoção! Beijos amigo!
Amiga Cris, somos a continuidade mesmo na diferença...essa é beleza da vida não é?
bjs.
Com certeza Manuzita querida, todos deixam em nós, por pequena que seja a sua marca, até quem nos faz mal, nem que seja para que não incorramos no mesmo erro 2 vezes...sábias palavras. bjs
Vivi, minha querida, te agradeço demais a gentileza, mas não coloco mais selinhos no blog, meus amigos mais antigos, já sabem disso e por isso nem os tenho pois o blog fica muito pesado. Mas mesmo assim te agradeço a gentileza, não me leve a mal, tá? bjs.
Glorinha, cheguei! E não podia deixar de te fazer logo uma visitinha.Linda, a homenagem que fizeste a teu Pai!Eu só quando tive o meu primeiro Filho é que compreendi a dimensão do Amor dos meus Pais!...
Bjs. Bombom
Bombom querida, já de volta? Como foi a viagem? Espero que tenhas aproveitado bastante! Obrigada pelo carinho. Benvinda de volta. beijos.
Que linda reflexão, tudo por causa de uam lembrança gostosa de seu pai, adoro a maneira como escreve, beijos
Obrigada Kelly, essas coisas é que me dão mais ânimo ainda para escrever. Saber que gostam do que escrevo.bjs.
Oi Glorinha,
Tudo bem, eu é que te peço desculpas por não saber e ter enviado, mas acredite, logo após enviar eu senti que você não ia aceitar, não sei te explicar mas tive este sentimento, e o mais incrível que foi só com você que senti isso, estranho né, coisas inexplicáveis...rss...mas não quis voltar atrás...valeu querida,tenha uma ótima semana!!!
bjs
Vivi
Tb acredito que carregamos mt dos nossos antepassados na gente, Glorinha.
Que a força dos seus ancestrais te ajudem a realizar esse sonho. Estou torcendo mt!
Um bj
Olá Glorinha, passei para dar um olá! tô voltando aos poucos. Abraços!
Glorinha, li o post anterior e esse e posso dizer: que homenagem digna e emocionante.
Feliz o seu ´pai por ter tido uma filha tão dedicada e saudosa a ponto de dividir essa emoção.
Que seu pai brilhe em você em todas as escritas.
Xeros
Glorinha,
Carregamos muito dos nossos ancesterais, e é através de nós que eles se imortalizam e a história da família continua. Muito bonita sua reflexão.
Ah, amei a capa do seu livro.
Bjos
Socorro Melo
Oi Vivi, que bom que me entendeu! Nada como ter amigas inteligentes.Bjs.
Amém Mari, obrigada, bjs.
Karla xerosa, minha querida, que ele brilhe e me ilumine através da sua caneta! Bjs
Oi Mara, benvinda de volta! bj
Oi Socorro, gostou da foto? Bonita né? Obrigada pelo elogio. bjs.
Oi Glorinha que bom que você levou o selo. É um começo discreto, mas pelo menos é uma tentativa.
Um grande beijo
oi minha linda, com certeza vc e seu pai estão caminhando lado a lado, não mais um conduzindo o outro, mas caminhando numa troca de vidas e experiências de amor, afeto e calor. sua mão está junto à dele. bençãos à vc.
Com certeza Isa, estamos juntas nessa luta...a minha não é de hoje...beijos.
Queridona, obrigada por suas bençãos! Vindas de vc, estou cheia de energia boa hj! Obrigada queridona amada! bjão.
Nossa vc é que está me saindo um poeta, viu? Ale, porque quando vc me escreve eu sinto uma coisa boa, tão verdadeira? Serão os ares zen do Japão? Vc é um amor garoto! Te adoro! Espero que um dia possamos nos conhecer pessoalmente! Adorei o que vc me escreveu. Já conheceu minha filha? Ela tb anda escrevendo bem demais no blog dela. Qq dia vai lá fazer uma visita. Beijão amigo!
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